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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012


Existem três possíveis versões para explicar a origem das superstições ligadas à sexta-feira 13, a saber: a primeira delas diz respeito à perseguição imposta à ordem dos cavaleiros Templários na Idade Média e as outras duas estão ligadas à Mitologia Germânica. Vejamos cada uma delas.
No que diz respeito aos cavaleiros Templários nós sabemos que sua perseguição foi liderada por Filipe IV (o justo), rei da França. Autoridades locais espalhadas por todo reino francês receberam ordem lacradas para atacar todas as propriedades dos templários na manhã de sexta-feira, 13 de Outubro de 1307, prendendo todos os cavaleiros. (PICKNETT & PRINCE, 2007: 59). Filipe alegava que os templários eram na verdade uma ordem que praticava adoração ao demônio. Os cavaleiros foram acusados de renegar o nome de Cristo, cuspir e profanar a cruz durante as reuniões da ordem. Acusavam-nos ainda de praticar a homossexualidade (o pior pecado sexual da Idade Média) e de adorar um ídolo chamado Baphomet que era representado sob a forma de uma cabeça sem corpo. Depois de um longo julgamento a ordem foi finalmente dissolvida pelo papa Clemente V em 1312 e seus últimos líderes foram queimados vivos próximo a Catedral de Notre Dame em Paris. Para além das acusações de heresia acredita-se que o que realmente motivou a perseguição foi a riqueza dos cavaleiros, objeto de desejo de Filipe V. (PICKNETT & PRINCE, 2007: 60).
Outra explicação possível para a origem das superstições da sexta-feira 13 está ligada à deusa germânica do amor e da guerra Freya. Conhecida por seus hábitos lascivos, a citada divindade teria oferecido favores sexuais a quatro anões em troca do símbolo essencial da fertilidade, o colar dos Brisings. (LEEMING, 2004: 110). Segundo a tradição, Freya tornou-se bruxa a partir da cristianização das tribos escandinavas e para se vingar reunia-se todas as sextas-feiras com mais 11 bruxas e o demônio para rogar pragas sobre os humanos. Mais um detalhe: sexta-feira em inglês é Friday (dia de Freya) em homenagem à deusa.
A terceira "explicação", como dito anteriormente, também teria origem na mitologia germânica. De acordo com o mito, Loki, deus do fogo, irritou-se ao não ser convidado para um banquete com outras doze divindades e, aparecendo de surpresa, apregoou os vícios e maldades de todos os presentes. Este ato provou a morte de Balder, deus da luz e da beleza. Loki foi severamente punido por Thor e os demais deuses. (MESTICA, 2007: 164). Mais tarde Loki será identificado com o demônio cristão.

Por Fabrício Moura


Bibliografia:


LEEMING, D. Do Olimpo a Camelot: um panorama da Mitologia européia. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
MESTICA, G. Dicionario de Mitología Universal. Madrid: Akal, 2007.
PICKNETT, P; PRINCE, C. Os guardiões da linhagem de Cristo. Rio de Janeiro: Record, 2007

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