blogs

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


Que time é esse do barça sera uma especie de super sayjimm nível 1000. Ou sera algo tipo o Jasom que nunca morre? Ontem depois do jogo, fiquei com aguele sentimento de achar ninguem, não por tão cedo, desbancar os "ET" do barça. Que futebol é aguele ? Em meus vinte poucos, nunca tinha visto algo tão supremo. Apesar de ter visto videos da seleção brasileira 1970, da Holanda de 1974, do super barça de romário e companhia. Mas confesso que vêr "ao vivo"jamais tinha visto.


Aguele toque de bola, que era nossa escola anteriormente, é algo supremo a qualidade então, coisa de outro mundo. Não vou nem entrar no mérito do time porque isso já é demais. Mas o conjunto é muito bom. O que o Guardiola faz com o Barça é algo de admirar. Jogar sem atacantes, que para muitos brasileiros, é um absurdo pra eles é o certo e dar certo de fato. 13 títulos em 4 anos não é pra qualquer um.


O time do Santos so foi mais um que foi destroçado pelo melhor time do mundo. Sou brasileiro, e pra mim foi triste vêr o santos perder mas o mais triste é saber que é a realidade do futebol brasileiro, que preza ultimamente por jagadores "brucotus", e corredores. Torço pra mudança geral do sistema implatado por aqui.


Enquanto isso vou admirar o lindo barça jogar, e todo o sistema implatado por lá. Que os super sayjinns do barça possa expandir o futebol arte pelo mundo como antes o futebol brasileiro fez , que esta equipe possa ser uma nova vanguarda e o futebol no contexto mundial possa se espelhar neles.

sábado, 19 de novembro de 2011

Não adianta de fora protestar!



Escutamos diariamente pessoas reclamando a conjuntura social e política do nosso pais . Entretanto na hora de manifesta nas ruas o que se ver são poucos pessoas geralmente jovens, que são estereotipados como loucos, que vão manifesta .O que se pergunta é o porque do medo de manifesta pela ruas?
As maiores conquista já realizada em âmbito mundial foram realizada nas ruas, como por exemplo; A Revolução Russa (1917), Revolução Cubana (1957) , as lutas pelo voto direito no Brasil, os cara pintadas no impeachment do Collor enfim se fosse enumerar as tantas conquista já realizada esse texto se tornaria pequeno.
Mas o interessante é que essa força vista antes, principalmente no âmbito nacional já não é tão vista como antes, o que se ver é um momento talvez de dispersão parece que apesar de quase todos terem um pensamento de revolta contra a corrupção, poucos vão a “luta” para dizer um basta nesse tipo de situação.
Na ultima terça-feira, vários universitários, sindicalistas, e outros movimentos sociais, saíram em quarenta cidades do Brasil manifestando sua indignação contra as praticas corrupta que assola a sociedade do Brasil. Apesar de ter tido essas manifestações poucas pessoas foram nas ruas , cidade como São Paulo teve um público pequeno entre 200 a 400 pessoas, esta na hora de nos cidadãos pensar, se é melhor ficar parado ou ir alem e manifesta sua indignação?
Penso que ficar parado não resolve nada. E importante ir as ruas, pois assim podemos ter um futuro melhor, e o lado histórico corrupto desaparecerá, agora não querer ir as ruas favorecera essas praticas, esta na hora de ter uma mudança de atitude. Por um Brasil menos corrupto!

sábado, 24 de setembro de 2011

Minha Vida É Rock 'n' Roll - Velhas Virgens


Não tenho culpa se você engordou
Não vá pensando que eu vou me casar
Mulher de músico é a música
E o meu amor é o Rock'N'Roll

E por favor não me procure mais
Eu só quero é viver em paz
Não me obrigue a me suicidar
A me matar por Rock 'N' Roll

Eu só penso em Rock 'N' Roll
Eu só transo Rock 'N' Roll
Eu só respiro Rock 'N' Roll
A minha vida é o Rock 'N' Roll

Na sua casa eu não entro mais
Sua família te mimou demais
Eu não vou ser mais um capricho seu
Eu quero mesmo é Rock 'N' Roll

E a minha hora ainda não chegou
Eu sou livre como um passarinho
Eu só gosto de voar sozinho
A Minha vida é o Rock 'N' Roll

Na sua casa eu não entro mais
Sua família te mimou demais
Eu não vou ser mais um capricho seu
Eu quero mesmo é Rock 'N' Roll

E a minha hora ainda não chegou
Eu sou livre como um passarinho
Eu só gosto de voar sozinho
A Minha vida é o Rock 'N' Roll

Eu só penso em Rock 'N' Roll
Eu só transo Rock 'N' Roll
Eu só respiro Rock 'N' Roll
A minha vida é o Rock 'N' Roll



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Baltazar Bandeira Barros


Com sua ausência, os dias ficarão mais longos e isso vai doer eternamente em nossos corações!

E, quando a saudade apertar e pudermos olhar as fotos e lembranças deixadas por você, lembraremos: Nunca mais poderemos te ouvir, sentir o seu abraço; mas saberemos que você foi uma bênção em nossas vidas, um guia para nosso caminho.

O vazio em nossos corações jamais será preenchido e o seu olhar amoroso jamais será esquecido!
...
Baltazar Bandeira Barros....eternas SAUDADES!

"Há um lugar de descanso em Ti, há um lugar de refrigério em Ti. Há um lugar que quando se perde é que se ganha, esse lugar é no Senhor" !

Por Luana Barros

Frei Benjamim


Frei Benjamim um homem que jamais tinha visto. Com sabedoria e amor andou pela ruas de Imperatriz mostrando de forma direta e indireta o amor de Jesus, foi em
hospitais, nas residencias das pessoas necessitadas, foi fiel a sua missão.
Em nenhum momento pode notar seu cansaço apesar da sua idade ja avançada, foi um exemplo de verdade. Lembro de um episodio era 2007 se não me engano, eu tinha entre 17 e 18 anos, era o ultimo dia do festejo ele estava sentido muita dor, não lembro o que ele tinha naguela oportunidade, e não poderia ficar de pé e nem sentada a solução encontrada por ele foi passar toda a celebração de joelho, mostrando que devemos continuar perseverantes apesar da dor e da tristeza. Meus abradecimento a este homem chamado Frei Benjamim que tive o prazer de conviver, que Deus o receba bem na sua morada.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bob Marley




Foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o gênero. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos.

Seu verdadeiro nome era Robert Nesta Marley. Divulgou o reggae jamaicano no Ocidente sem fazer concessões à música comercial. Suas gravações, iniciadas em 1961, caracterizavam-se pelo ritmo da música e pela crítica social, que falava da repressão aos negros, sobretudo na Jamaica. Seu primeiro sucesso internacional, com a banda The Wailers, em 1975, foi No, Woman no Cry. Seguiram-se outros como I Shot the Sheriff, famosa pela interpretação de Eric Clapton, e o combativo Get up, Stand up. Músico carismático e praticante do culto rastafári, foi aclamado em seus concertos na “Babilônia”, apelido dado à Europa e aos Estados Unidos.

Um mês antes de sua morte, Bob Marley foi premiado com a Ordem ao Mérito Jamaicana. Ele queria passar seus últimos dias em sua terra natal, mas a doença se agravou durante o vôo de volta da Alemanha e Marley teve de ser internado em Miami. Ele faleceu no hospital Cedars of Lebanon no dia 11 de maio de 1981 em Miami, Flórida, aos 36 anos. Seu funeral na Jamaica foi uma cerimônia digna de chefes de estado, com elementos combinados da Igreja Ortodoxa da Etiópia e do Rastafarianismo. Ele foi enterrado em Nine Miles, perto de sua cidade natal. Junto com o corpo foram enterrados sua guitarra, uma bola de futebol, um pote com maconha, um sino e uma Bíblia. Marley morreu de câncer de pele, que se alastrou aos restantes orgãos do seu corpo.

” Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.”

” Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.”

” Não viva para que a sua presença seja notada,
mas para que a sua falta seja sentida…”

” Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos.”

” Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos.”

” Queria ser um baseado
Para nascer em seus dedos, morrer em seus lábios, E fazer sua cabeça.”

sábado, 30 de abril de 2011

A Religião sob um outro olhar


A religião tornou-se um tabu nas organizações. Não a discutimos por respeito sagrado às pessoas e por respeito ao sagrado. Porém, por medo de discuti-la, aceitamos muitas excessos e irracionalidades. O filósofo alemão, Ludwig Feuerbach, já em 1841, ousou por um pouco de racionalidade na discussão sobre a religião e deu muito o que falar, até hoje.

A RELIGIÃO SOB UM OUTRO OLHAR:
Comentário sobre o livro A Essência do Cristianismo” de Ludwig Feuerbach.
Por José Ricardo Martins

“O solene desvelar dos tesouros ocultos do homem, a revelação de seus pensamentos íntimos, , a confissão pública de seus segredos de amor.”
“Como forem os pensamentos e a disposições do homem, assim será o seu Deus; quanto valor tiver um homem, exatamente isto e não mais, será o valor de seu Deus. Consciência de Deus é autoconsciência, conhecimento de Deus é autoconhecimento”.
“Deus é a mais alta subjetividade do homem, abstraída de si mesmo.”
“Este é o mistério da religião: o homem projeta o seu ser na objetividade e então se transforma a si mesmo num objeto face a esta imagem de si mesmo, assim convertida em sujeito.”
(Trechos de “A Essência do Cristianismo” de L. Feuerbach)

1. Introdução
Este artigo tenta expor as principais idéias do filósofo alemão Ludwig Feuerbach a respeito da religião. A religião, especialmente o cristianismo, foi o centro da atividade intelectual e da “perdição” do ousado filósofo que rompeu com o pensamento de seu mestre Hegel e transformou a religião num fenômeno antropológico, expressão da natureza humana.
Considera a religião a essência imediata do ser humano, acreditando assim poder explicitar os "tesouros escondidos no homem". Reduz atributos divinos da teologia a atributos humanos da antropologia. Sua filosofia procura transformar a teologia de Hegel em uma antropologia baseada no mesmo princípio, a unidade do limite e do infinito. Compondo a esquerda hegeliana, Feuerbach defende a idéia de que para Hegel a religião não é razão, e sim representação, sendo então redutível ao mito. Esta facção, em um primeiro momento, faz uso das idéias hegelianas dirigindo-as contra a teologia e a filosofia tradicional. Em uma segunda etapa, acaba por criticar as abstrações hegelianas em defesa do homem concreto, e a fé cristã em defesa de uma metafísica imanentista. Distancia-se de Hegel, entre outras coisas, ao eleger o homem concreto como sua prioridade e não a idéia de humanidade.

2. A Essência do Cristianismo
Em sua obra-prima, “A Essência do Cristianismo” , Feuerbach aborda o fenômeno religioso a partir do próprio homem.
“O homem se distingue do animal pela consciência.” Em outra passagem afirma: “Consciência é a característica de um ser perfeito”. O homem tem consciência de si através do objeto. Ou seja, o outro: o eu e o tu, na visão positivista.
A trindade humana - amor, razão e vontade - é a essência do próprio homem, é o homem completo:
- a força do pensamento é a luz do conhecimento, a razão;
- a força da vontade é a energia do caráter;
- a força do coração é o amor.
Querer, sentir e pensar são perfeições, essências, realidades... são infinitos, ilimitados. É ser consciente de si mesmo. É impossível, afirma Feuerbach nos remetendo à Descartes quando fala que Deus só pode ser um ser perfeitíssimo, ser consciente de uma perfeição como imperfeição; impossível sentir o sentimento como limitado, impossível pensar o pensamento como limitado.
Assim, o Ser Absoluto, o Deus do homem, é a sua própria essência. Feuerbach, já no início de sua obra, antropologiza a Trindade cristã em amor, razão e vontade, e que nada mais é do que a nossa própria essência. E a consciência disso é o que nos distingue dos animais. Amor, razão e vontade, essências do ser humano, são realidades ilimitadas, infinitas assim como Deus o é.
A antropologização segue seu curso em Feuerbach. O querer (a vontade) torna o homem infinito. O mesmo acontece com o sentir e o pensar que tornam o homem infinito e ilimitado, que são nossas construções de Deus. A consciência disso é autoconfirmação, auto-afirmação, que somos seres ilimitados e que projetamos tudo isso em Deus. Nossa educação cristã não permite que tomemos para nós adjetivos de tamanha grandeza. Não nos permite que possamos “conhecer mais que Deus” ou “se igualar a Deus”. Feuerbach, tornou-se maldito por ter ousado dizer que o temos de melhor, de mais sublime, enfim nossa essência, dizemos que é Deus. Ou seja, projetamos nossa essência em Deus e nos esquecemos que isto somos nós mesmos, nos anulando. Por outro lado, ele também afirma que isto é positivo, pois faz nos lembrar e ter consciência do melhor de nós mesmos.
Feuerbach continua na linha cartesiana: “o divino só pode ser conhecido pelo divino”. Isto quer dizer: se não tivéssemos o divino em nós, não poderíamos falar, exprimir ou experimentar o divino. E o divino não é razão, é sentimento: “a essência divina que o sentimento percebe é em verdade apenas a essência do sentimento arrebatada e encantada consigo mesma – o sentimento embriagado de amor e felicidade”. O autor constata que fez-se do sentimento a parte principal da religião, bem como a essência objetiva dela. “O sentimento é transformado num órgão do infinito, da essência subjetiva da religião, o objeto da mesma perde seu valor objetivo”. E no objeto religioso a consciência coincide com a consciência de si mesmo, o seu íntimo. Já num objeto sensorial, a consciência está fora, e no religioso, o objeto está dentro do próprio homem, sendo sua essência. Assim, amparado em Agostinho que diz que “Deus é mais próximo, mais íntimo e por isso, mais facilmente reconhecível que as coisas sensoriais e corporais”, Feuerbach resume sua visão antropológica da religião:
“A consciência de Deus é a consciência que o homem tem de si mesmo; o conhecimento de Deus é o conhecimento que o homem tem de si mesmo. Pelo Deus conheces o homem e vice-versa pelo homem conheces o seu Deus; ambos são a mesma coisa. [...] A religião é uma revelação solene das preciosidades ocultas do homem, a confissão dos seus mais íntimos pensamentos...”
Nesse sentido, a religião tornou-se, para Feuerbach, uma idolatria, pois o homem adora a sua própria essência: “os predicados divinos são qualidades da essência humana” e “na religião, o homem ao relacionar-se com Deus, relaciona-se com a sua própria essência”.
Feuerbach percebe a necessidade existente no homem da religião – “o sentimento religioso é o mais alto sentimento de conveniência” - uma vez que ela lhe serve como alívio frente às angústias, à dor e ao sofrimento da existência, que a natureza somente provoca e não alivia. O homem é dependente da natureza para existir. A natureza é sentida como necessidade, e é ai que surge a religião, opondo-se entre o querer e o poder, pensamento e o ser. Diante da natureza, o homem sente-se limitado, finito, já a religião teria a possibilidade da onipotência e da infinitude de Deus para oferecer ao homem. Os desejos do homem estariam assim representados enquanto possibilidade na figura de Deus, que é a representação imaginária da realização de todos os desejos humanos, superando os limites que a natureza lhe impõe. Deus domina a natureza, pois para o homem, ele é quem a cria. Assim sendo, Feuerbach desloca a divindade de um Deus externo ao homem para o interior do próprio homem. Ele é o Deus dele mesmo, e diz: "O Ser Absoluto, o Deus do homem é o próprio ser do homem." Deus é então a consciência que o homem tem de sí mesmo, de seu ser. A exemplo disto, a perfeição divina nada mais é do que o desejo do homem de ser perfeito e a consciência que tem de si, enquanto um ser imperfeito. O amor, a crença, o desejo, etc., atribuídos a Deus, que segundo Feuerbach, deveriam voltar-se para o próprio homem e para seu igual. Acredita que o homem deveria acreditar nele mesmo. No entanto, este filósofo aponta um erro na religião, que é a ilusão que ela cria. Ao mesmo tempo que oferece um sentido de vida para o homem e uma forma de ele lidar com suas limitações, a religião acaba por distânciá-lo dele mesmo, exteriorizando a própria divindade.

3. Conclusão
Como vimos, para Feuerbach, o homem é quem cria Deus e não o contrário. Segundo o autor, a filosofia precisa dar conta deste homem como um todo, e não somente da razão que o compõe. Deve abraçar a religião, enquanto fato humano, considerando este homem em comunhão com outros homens, caminho este através do qual ele pode sentir-se livre e infinito. O autor acredita que somente a religião dá conta do homem em sua totalidade. Feuerbach sugere que a religião desempenha um importante papel na vida do homem concreto. Para ele, a consciência que o homem tem de Deus é a consciência que o homem tem de si. Acredita que para se conhecer um homem, basta conhecer seu Deus, já que na sua concepção, a religião, o Deus do homem, nada mais é do que a projeção da intimidade da essência do homem. Assim sendo, para Feuerbach o método da teologia é a antropologia, pois o homem deposita em seu Deus a sua essência.
Em sua radicalidade, torna-se patente em Feuerbach que a religião e mesmo o estado são institutos irracionais a serviço da racionalidade, pois revestem-se de um caráter racional para induzir “vulgo” à submissão.

domingo, 10 de abril de 2011

As Igrejas Católicas Orientais são Igrejas particulares sui iuris em plena comunhão com o Papa, fazendo por isso parte da Igreja Católica. Elas conservam as seculares tradições litúrgicas e devocionais das várias igrejas orientais com as quais estão associadas historicamente. Enquanto divergências doutrinárias dividem as igrejas orientais não-católicas em grupos desprovidos de comunhão mútua, as Igrejas Católicas Orientais acham-se unidas umas com as outras bem como com a Igreja Católica de Rito Latino (sediada no Ocidente), conquanto se diversifiquem quanto à ênfase teológica, às formas da liturgia, à piedade popular, à disciplina canônica e à terminologia. Sobretudo, elas reconhecem a função central do Sumo Pontífice, sua suprema autoridade e sua infalibilidade magisterial. Apesar disso, as Igrejas orientais católicas têm uma autonomia considerável em relação ao Papa.

A maioria das Igrejas Católicas Orientais tem correspondentes entre as demais Igrejas orientais, quer assírias ou ortodoxas não-calcedonianas, quer ortodoxas orientais, que delas estão apartadas devido a certo número de dissonâncias teológicas, como também em virtude de discordâncias no que tange à autoridade do Sumo Pontífice.

Embora historicamente se situassem na Europa Oriental, no Oriente Médio asiático, na África do Norte e na Índia, as Igrejas Católicas Orientais, por causa da migração, estão hoje disseminadas também na Europa Ocidental, nas Américas e na Oceania, constituindo aí circunscrições eclesiásticas plenas (eparquias), ao lado das dioceses latinas.

Os termos greco-católico e católico bizantino referem-se àqueles que pertencem a Igrejas sui iuris que usam o rito bizantino. O termo católico oriental inclui-os também a eles, mas tem significação mais lata, de vez se aplica igualmente aos fiéis que seguem as tradições litúrgicas alexandrina, antioquena, armênia e caldéia.

Actualmente, estima-se que existem cerca de 16 milhões de católicos orientais, dos quais aproximadamente 7,65 milhões seguem a tradição bizantina.

O Grande Cisma do Oriente (1054), bem como os anteriores cismas a seguir ao Concílio de Éfeso (431) e ao Concílio de Calcedónia (451), criaram uma situação complexa para o mundo cristão. Um dos principais problemas do Cisma de 1054 era a questão da suprema autoridade da Santa Sé (sediada em Roma) sobre as demais Igrejas patriarcais do Oriente (Alexandria, Jerusalém, Antioquia e Constantinopla). Discordando sobre os poderes e privilégios da primazia papal, praticamente todas as Igrejas Orientais quebraram a comunhão com a Igreja Católica. Por isso, a grande maioria das actuais Igrejas orientais católicas são o resultado dos esforços e do desejo de certos cristãos orientais (ortodoxos, não-calcedonianos e nestorianos) de voltarem a estar em comunhão com a Santa Sé. Esta reunião pode ser espontânea ou por causa do trabalho de missionários católicos.

As Igrejas orientais católicas, devido, como por exemplo, aos seus diferentes tamanhos e às suas diferentes particularidades histórico-geográficas, têm uma organização e estrutura um pouco diferentes entre si.

Em geral, estas Igrejas são governadas por um hierarca e o seu respectivo Sínodo ou Concílio de Hierarcas (que é chamado também de Concílios Eclesiásticos , que têm por função tomar decisões conjuntamente com o seu hierarca.

decreto "Orientalium ecclesiarum", que foi aprovado no dia 21 de Novembro de 1964 pelo Concílio do Vaticano II, aborda a questão das Igrejas orientais católicas. Este documento conciliar afirma que, "na única Igreja de Cristo" (que subsiste na Igreja Católica), as Igrejas Latina e Orientais "...desfrutam de igual dignidade... nenhuma prevalece sobre a outra... são confiadas ao governo pastoral do Pontífice Romano". O decreto defende também que estas Igrejas orientais podem e devem salvaguardar, conservar e restaurar o seu rico património espiritual, nomeadamente ritual, através, como por exemplo, da celebração dos seus próprios ritos litúrgicos orientais e das suas práticas rituais antigas.

O documento salienta também o carácter autónomo das Igrejas orientais católicas, especificando os seus vários poderes e privilégios. Em particular, como por exemplo, afirma que os Patriarcas Orientais, "com os seus sínodos, constituem a instância suprema para todos os assuntos do Patriarcado, não excluído o direito de constituir novas eparquias e de nomear Bispos do seu rito dentro dos limites do território patriarcal, salvo o direito inalienável do Romano Pontífice de intervir em cada caso. O que foi dito dos Patriarcas vale também, de acordo com as normas do direito, para os Arcebispos maiores, que presidem a toda uma Igreja particular ou rito sui juris" . Mas, é preciso também salientar o facto de nem todas as Igrejas orientais serem Patriarcados ou Arquidioceses maiores.

Tendo em consideração à diferente situação histórica vivida pelas Igrejas orientais, "a legislação da Igreja Oriental em matéria de disciplina celibatária para o clero" é também por isso diferente à da Igreja Latina , que exige o celibato ao seu clero (exceptuando os diáconos). Nas Igrejas orientais, o celibato é apenas obrigatório para os bispos, que são escolhidos entre os sacerdotes celibatários. Logo, existem sacerdotes casados nas Igrejas orientais. Mas, é proibido aos sacerdotes solteiros contrairem "matrimónio depois da ordenação". Isto quer dizer que eles só podem casar antes de se ordenarem, ou seja, antes de se tornarem sacerdotes. Esta prática oriental "foi finalmente estabelecido no Concílio de Constantinopla In Trullo do ano 692 e abertamente reconhecido pelo Concílio Ecumênico Vaticano II".

A Igreja Católica "considera iguais em direito e dignidade todos os ritos [litúrgicos] legitimamente reconhecidos e quer que no futuro se mantenham e sejam promovidos por todos os meios" . Sendo assim, as principais "tradições litúrgicas ou ritos, actualmente uso na Igreja, são: o rito latino (principalmente o rito romano, mas também os ritos de certas igrejas locais, como o rito ambrosiano ou o de certas ordens religiosas)" e os ritos orientais ("os ritos bizantino, alexandrino ou copta, siríaco, arménio, maronita e caldeu") .

Aqui estão as 22 Igrejas orientais católicas sui juris, as suas respectivas tradições litúrgicas orientais e a sua respectiva data (ou suposta data) de fundação (ou seja, de comunhão com a Santa Sé). Esta lista baseia-se no Anuário Pontifício da Santa Sé (a edição de 2007 desta publicação anual tem ISBN 978-88-209-7908-9).

sábado, 2 de abril de 2011

O medo: uma análise de Jean Delumeau

Jean Delumeau, autor de “O medo no Ocidente”, é um dos mais importantes historiadores em atividade hoje. Professor do Collège de France, Delumeau afirma que a civilização só cresceu quando superou seus medos. Hoje, disse, o medo americano do terrorismo torna-se um perigo para o planeta, na medida em que não leva em conta a análise objetiva dos problemas que a realidade pós-11 de Setembro levantou. Muitos de seus livros foram publicados no Brasil, como “O pecado e o medo”, obra em dois volumes editada pela Edusc; “O que sobrou do paraíso” e “Mil anos de felicidade — Uma história do paraíso”, ambos editados pela Companhia das Letras, e “De religiões e homens” (Loyola).

A retórica simplista dos EUA sobre o medo reedita manipulações do mesmo tipo em outras épocas? Deve-se temer o grande medo americano?

JEAN DELUMEAU: O medo faz parte da condição humana. Todos os medos levam ao medo da morte. E estamos todos submetidos à morte. Mas os medos mudam no tempo e no espaço em função dos perigos que se apresentam à Humanidade. Não podemos raciocinar sobre o medo sem levar em conta a necessidade de segurança, fundamental ao ser vivo. Tratando-se do perigo terrorista que faz tremer os EUA e outros países desde o 11 de Setembro, é impossível considerá-lo imaginário. Ele existe, mas pode virar meio de manipulação como foram no passado outras ameaças. Quando tais apreensões engendram a mentalidade da “cidade sitiada”, elas derivam para procedimentos inquisitoriais ou guerras preventivas. O medo, lúcido no início, torna-se um perigo. Impede identificar as causas de uma situação de fato inquietante que não tratamos com os verdadeiros remédios. Quanto à situação do Ocidente face ao perigo islâmico, a guerra do Iraque foi uma resposta não apropriada que agravou a situação, por não levar em conta uma análise objetiva dos problemas. O medo americano do terrorismo torna-se um perigo para todo o planeta.

Compreender o poder é exercício de compreensão dos medos que ele manipula, como o medo do desemprego?

DELUMEAU: Todas as civilizações, incluindo a nossa, desenvolveram-se fazendo recuar o medo e, portanto, com vitórias sobre o medo. Os progressos técnicos permitiram combater as doenças, aumentar a produção agrícola, melhorar as condições de vida. Os progressos do direito reforçaram nossas liberdades individuais e nossa proteção pessoal. Os tratados internacionais fizeram desaparecer a guerra entre países como França e Alemanha. Governar consiste em prever perigos que provocam medos, como o desemprego.

O medo é diferente no Oriente?

DELUMEAU: Os ocidentais são mais individualistas e menos fatalistas que os não-ocidentais. Mais sujeitos a medos ou mais frágeis diante deles. Somos mais apegados aos bens terrestres que a maioria dos não-ocidentais.

O senhor fala de “derrapagens” ao extremismo. Estamos vendo isso? Fundamentalismo é reação ao medo?

DELUMEAU: Todo fundamentalismo é reação de medo: apegamo-nos a uma doutrina simplista como se fosse uma bóia. Dá-nos segurança e responde a uma necessidade maior do homem. No fundamentalismo islâmico identificamos o medo de o Islã se desintegrar sob a força, mesmo não-violenta, do Ocidente. Formas de vida condenadas pelo Alcorão, a leitura crítica deste, a separação entre religião e política são percebidas como uma ameaça à identidade muçulmana, mais concebida e vivida de maneira coletiva que de modo pessoal. O fundamentalismo opõe ao mundo moderno a barreira de um texto tido como sagrado, intangível e além de qualquer discussão. O fundamentalismo conduz a “derrapagens” mais extremas. Nenhuma outra verdade é aceita fora do que se afirma pela autoridade.

É o risco de haver, portanto, uma derrapagem ao terror...

DELUMEAU: É uma realidade, já observada antes. No século XVI, na Europa, o medo da heresia levou à criação de legislações de exceção contra os protestantes nos países católicos e contra os católicos nos países protestantes. Na França de 1793, a mentalidade da cidade sitiada desembocou na Convenção e no terror. Todo sistema totalitário tem vocação terrorista.

O que dizer do homem-bomba, que não teme morrer?

DELUMEAU: Ele supera mais facilmente o medo devido à força de sua convicção e da crença numa recompensa no além, prometida a mártires. A irrupção desses kamikazes transtornou a concepção de guerra que se queria fundada em tecnologias mais sofisticadas.

O senhor diz que o sentimento de insegurança é muitas vezes maior que a insegurança real...

DELUMEAU: Isso nos faz constatar que os ocidentais hoje são menos resignados e fatalistas que seus ancestrais e menos que outros habitantes do mundo. No Ocidente, nos séculos XVI e XVII, a insegurança cotidiana era grande.

As religiões se multiplicam. O medo cristão faz parte do passado?

DELUMEAU: Apesar do quase desaparecimento da “pastoral do medo” — não se convertem mais as massas agitando o espantalho do inferno — assistimos à renovação das manifestações religiosas. É a prova de que a pastoral traumatizante não era necessária para ganhar as almas do cristianismo. O medo de Deus perdeu terreno, mas a necessidade de se dirigir à bondade protetora de Deus permanece e mesmo cresce. Por quê? Porque compreendemos melhor que há 50 anos que os progressos técnicos não levarão à salvação: nem aqui, nem no além. Pedir a ajuda divina é tomar consciência de suas fraquezas e insuficiências. Não existe sentimento religioso sem esta necessária humilhação.

Em que momento da História o homem sentiu mais medo?

DELUMEAU: O medo culminou no século XX, com massacres em guerras, genocídios, ditaduras de direita e esquerda. Que possamos não continuar nesse caminho no século que começa!

Fonte: http://www.usc.br/Edusc/noticias/14_08_04_pecadomedo_oglobo.htm

quarta-feira, 23 de março de 2011

jornada de um estivador

Mais um dia

Mais trabalho

A força, minha ferramenta

Meu suor, salário

Gratificações, sacos na cabeça

Na mão, fardos de refrigerante

Na cabeça, o peso e a responsabilidade de casa

No peito; o amor pela família

Pulso , o relógio marca os minutos para liberdade

No olhar; o desejo por dias melhores e uma vida digna

O sorriso, a simplicidade da vida
Sempre que eu preciso

Me desconectar

Todos os caminhos

Levam ao mesmo lugar

É meu esconderijo

O meu altar

Quando todo mundo

Quer me crucificar...

Eu só quero estar

Com você!

Ficar com você!...

Quando o tempo fecha

E o céu quer desabar

Perto do limite

Difícil de agüentar

Eu volto prá casa

E te peço prá ficar...

Em silêncio

Só ficar...

Eu tenho muitos amigos

Tenho discos e livros

Mas quando eu mais preciso

Eu só tenho você...

Tenho sorte e juízo

Cartão de crédito

E um imenso disco rígido

Mas quando eu mais preciso

Eu só tenho você

Quando eu mais preciso

Eu só tenho você...

Tenho a consciência em paz

(Só tenho você)

Tenho mais do que eu preciso

(Só tenho você)

Mas, se eu preciso de paz

Eu só tenho você

Tenho muito mais dúvidas

Do que certezas

Hoje, com certeza

Eu só tenho você...

Eu tenho medo de cobras

Já tive medo do escuro

Tenho medo de te perder...
Já vou, será
eu quero ver
o mundo eu sei
não é esse lá

por onde andar
eu começo por onde a estrada vai
e nao culpo a cidade, o pai

vou lá, andar
e o que eu vou ver
eu sei lá

não faz disso esse drama essa dor
é que a sorte é preciso tirar pra ter
perigo é eu me esconder em você
e quando eu vou voltar, quem vai saber

se alguem numa curva me convidar
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar

eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou

Eu escrevo e te conto o que eu vi
e me mostro de lá pra você
guarde um sonho bom pra mim

eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou
O mundo me condena

E ninguém tem pena

Falando sempre mal do meu nome

Deixando de saber

Se eu vou morrer de sede

Ou se vou morrer de fome.

Mas a filosofia

Hoje me auxilia

A viver indiferente assim.

Nesta prontidão sem fim

Vou fingindo que sou rico

Para ninguém zombar de mim.

Não me incomodo

Que você me diga

Que a sociedade

É minha inimiga.


Quanto a você

Da aristocracia

Que tem dinheiro

Mas não compra alegria

Há de viver eternamente

Sendo escrava desta gente

Que cultiva hipocrisia.

terça-feira, 22 de março de 2011

População e o preço dos alimentos, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

O consumo e a produção econômica mundial tem crescido muito acima do aumento da população. A preços constantes, o PIB mundial era de US$ 10 trilhões, em 1960, para uma população 3 bilhões de habitantes. Isto representava uma renda per capita de US$ 3,3 mil dólares. Em 2010, o PIB mundial era de US$ 70 trilhões, para uma população de quase 7 bilhões de habitantes, representando uma renda per capita de cerca de US$ 10 mil dólares. Para 2050, estima-se um PIB mundial de US$ 280 trilhões para uma população de 9 bilhões de habitantes, resltando em uma renda per capita de pouco mais de US$ 30 mil dólares. Portanto, em 90 anos, a economia mundial vai crescer 28 vezes, enquanto a população deve crescer 3 vezes, no mesmo período.

Evidentemente, a concentração da renda faz com que parcelas minoritárias da população se apropriem de grandes parcelas do PIB, enquanto a maioria da população fica com parcelas menores. Supondo que os 50% mais pobres da população fiquem com apenas 10% do PIB, isto significa que 1,5 bilhão de habitantes, em 1960, detinham US$ 1 trilhão de dólares (667 dólares per capita entre os 50% mais pobres); que 3,5 bilhões de habitantes, em 2010, detinham US$ 7 trilhões (2 mil dólares per capita entre os 50% mais pobres); e que 4,5 bilhões de habitantes, em 2050, teriam 28 trilhões de dólares (6,3 mil dólares per capita entre os 50% mais pobres).

Este exercicio numérico é apenas para mostrar que mesmo considerando um alto grau de concentração de renda, o crescimento da população e da economia implicam em aumento do poder de compra mesmo para os estratos mais baixos da pirâmide de renda da população. Em 2050 teríamos a metade da população de menor renda 3 vezes maior do que em 1960, mas com uma capacidade de compra, em termos reais, quase 10 vezes maior.

Desta forma, o crescimento da população e da economia mundial tem permitido que as parcelas privilegiadas da população diversifiquem seus padrões de consumo e adotem um estilo de vida com muito luxo, riqueza e desperdício. Os 50% mais ricos da população mundial (classes altas e médias) eram 1,5 bilhão de pessoas apropriando US$ 9 trilhões em 1960, passaram para 3,5 bilhões de pessoas e 63 trilhões de dólares, em 2010, e devem passar para 4,5 bilhões de pessoas e US$ 250 trilhões em 2050. Esta metade da parte superior da pirâmide de renda é a grande responsável pela degradação do meio ambiente e do aquecimento global.

Mas também a população de baixa renda tem aumentado o acesso aos bens industriais, mas principalmente, o acesso aos bens de primeira necessidade. A metade mais pobre da população mundial era de 1,5 bilhão de pessoas com renda de US$ 1 trilhão, em 1960, passou para 3,5 bilhões de pessoas com renda de US$ 7 trilhões, em 2010 e deve chegar a 4,5 bilhões de pessoas com renda de US$ 28 trilhões de dólares, em 2050. Portanto, trata-se de uma parcela que é pobre em termos relativos, mas não tanto em termos absolutos. Nas próximas décadas, o poder de compra desta parcela dos 50% mais pobres (mesmo tendo apenas 10% da renda mundial), será maior do que o de toda a população mundial em 1960. Por estas e outras, a esperança de vida ao nascer da população mundial passou de 52 anos, em 1960, para 68 anos, em 2010, e deve chegar a 76 anos, em 2050.

Embora haja, hoje em dia, cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo que passam fome ou vivem em situação de insegurança alimentar, existem 6 bilhões que consomem cada vez mais produtos da agricultura e da pecuária, pressionando as resevas de terra e água. Por exemplo, o alto crescimento econômico da China e da Índia tem possibilitado que os cerca de 2,5 bilhões de habitantes destes países aumentem o conteúdo nutricional de suas dietas alimentares. Os países em desenvolvimento (e mais populosos) são os que apresentam maior crescimento econômico hoje em dia. Portanto, a pressão do consumo alimentar sobre os recursos naturais é crescente e evidente.

Para aumentar a produção de alimentos muitos países tem recorrido às reservas de água dos aquíferos para sustentar a expansão da agricultura e da pecuária. A Arábia Saudita, por exemplo, conseguiu quase a auto-suficiência na produção de grãos utilizando os aquíferos fósseis (não renováveis) do país. Acontece que as reservas de água destes aquíferos estão se esgotando. Calcula-se que a partir de 2015 a Arábia Saudita terá que recorrer totalmente ao mercado internacional para o abastecimento alimentar do país. Também a China e a Índia sofrem com a sobreexploração dos seus recursos hídricos. Para piorar as coisas, o aquecimento global tem aumentado a frequência dos fenômenos climáticos extremos, com o aumento das secas e enchentes, o que prejudica as safras agriculas e a engorda do gado.

Neste quadro, não é surpresa o constante aumento do preço dos alimentos no mundo à medida em que a economia dos países mais populosos cresce. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), divulgou em março de 2011 que os preços globais dos alimentos, depois de sofrer aumento pelo oitavo mês consecutivo, alcançaram o nível recorde em fevereiro de 2011, chegando a 236 pontos, diante da média de 100 do período 2002-2004. Parte deste aumento pode ser creditado ao efeito da especulação e da posição monopolista de algumas grandes empresas mundiais. Romper com o poder dos atravessadores e eliminar os estoque especulativos é uma tarefa urgente.

Porém, não se pode desconsiderar que parte do aumento do preço decorre do crescimento da demanda – que é o resultado do aumento da população e do seu poder de compra – e da exaustação dos recursos naturais. Para agravar a situação, o aumento do preço do petróleo eleva ainda mais o custo da produção de alimentos. A produção de biocombustíveis também é outro fator de pressão.

Até 2050, o mundo terá mais 2 bilhões de pessoas, passando de 7 para 9 bilhões de habitantes. Será que a agricultura, a aquacultura e a pecuária vão ser capazes de suprir as necessidades alimentares da humanidade, a preços acessíveis? Será possível aumentar a produção dos meios de subsistência da população sem comprometer ainda mais a capacidade regenerativa do planeta Terra?

José Eustáquio Diniz Alves, colunista do EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE. As opiniões deste artigo são do autor e não refletem necessariamente aquelas da instituição.
E-mail: jed_alves{at}yahoo.com.br

sábado, 19 de março de 2011

Como a Primeira vez

Eu procuro viver sem perder a razão

Buscando o conhecimento ate então, nunca visto

A certeza de um leitor aborrecido

Sou eu que faço minha história

A vida, um longo ensinamento

Já dizia o refrão; “Vivendo e aprendendo”

Usando a expressão para conter o medo

E o calor pra esquentar os dedos

Na janela a saída

No relógio a batida

Não sei o que dizer, não sei o fazer

Paro, me calo,espero o dia amanhecer

Para fazer tudo outra vez

Como fosse a primeira vez

Guantánamo

Quem foi que disse "te quero"?
Qual era mesmo a canção?
Quem viu a cor do dinheiro?
Qual a melhor tradução?
Quem foi ao rio de janeiro?
Qual era a intenção?
Qual foi o dia e a hora?
Quem foi embora... adeus

- Me tira daqui
- Não adianta gritar
- Me ajuda a fugir
- Ninguém vai escutar

Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta

Quem sabe o que vem primeiro?
Quem sabe o que vem depois?
Quem cabe no mundo inteiro?
Quem mais além de nós dois?
Quem chama ao telefone?
Por que não bate na porta?
Que chama arde teu nome?
Será que alguém se importa?

- Me tira daqui
- Não adianta gritar
- Me ajuda a fugir
- Ninguém vai escutar

Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta

Qual é a droga que salva?
Qual é a dose letal?
Quem quer saber tudo isso
Será que agüenta a pressão?

Eu não sei a resposta
Eu não sei a resposta

Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta

ENSAIO SOBRE O TEMPO


O Tempo. Essa é questão que, não sei há quanto TEMPO, se filosofa a respeito, canta-se e faz-se poesias ao seu entorno. Bom, também eu, tirei um “tempinho” para falar sobre ele...
Primeiramente, informo ao meu leitor que não pretendo discorrer sobre o tempo etéreo na abstração vaga de uma idéia de linearidade que nos contenha em si; nem qualquer coisa neste sentido. Não tenho tempo para isso. Penso que esta seja uma discussão anacrônica. Hoje, o que interessa discutir é o tempo enquanto experiência. Venha.
Uma das experiências mais tristes que o ser humano faz é a de olhar para o seu momento presente e perceber que ele se formou sobre um passado vazio das experiências que se poderia ter feito com as pessoas que se ama e as oportunidades que se teve; e, tudo por que se acreditou que era possível adiar as nossas iniciativas para fazê-lo. É como o caso de um técnico esportivo que deixasse o jogo na defensiva, para armar um ataque estratégico no segundo tempo da partida sem, contudo, dar-se conta de que, na verdade, já está no último minuto do jogo!
O que houve com um pai que vê seus filhos grandes, casados, formados e, pensa consigo mesmo, “quando isso tudo aconteceu?”, um pai ou uma mãe, que esteve todos esses anos sob o mesmo teto e, ainda assim, pasma diante da realidade que se apresenta a ele como se ela tivesse aterrissado de para quedas nos seus quarenta e tantos anos?
O que houve, ainda, com um filho que olha seus pais idosos e tem a impressão de lhe serem estranhos estes, seus genitores?
Essas questões, extremas, ainda que terríveis, acontecem com muita freqüência, embora se passem no silêncio das íntimas reflexões, dores e remorsos.
O que houve nesses casos e, que acontece em tantas famílias e comunidades, para serem compreendidas, evocam de nós um sentido próprio de tempo. No caso que apresentei foi muito tempo corrido, mas, as experiências que fizeram cada pessoa umas em relação às outras de se abrirem, mutuamente, às suas respectivas realidades, sensibilidades, fraquezas e virtudes, praticamente, não existiu.
Não é o tempo que guarda nossas experiências; é aquilo que vivemos - os momentos - que têm uma medida própria de temporalidade e, pela sua intensidade, verdade e, sobretudo, como estão ligados aos nossos afetos e compreensões, que fazem, a si, durarem uma efemeridade ou um marco perene constitutivo de valores. Por isso, é que, se na família, não permitirmos que nos conheçam e nem nos empenharmos em conhecer uns aos outros, não elaboraremos laços emocionais uns com os outros. E são, exatamente, esses laços que desejo apresentar como tempo, de fato.
Quanto mais firmes são tais ligações mais tempo elas significam. A força que têm não está vinculada ao número de horas que tenha durado o seu processo de estabelecimento, mas, à profundidade com que se permitiu que o outro nos acompanhasse naquilo que de fato somos, e vice e versa.
Disse isso para caminhar à conclusão de que o tempo, efetivamente, é afetivo.
Dito isto, o que desejo falar-lhe, agora, é que faça, desde hoje, a desafiadora tarefa de dar-se ao outro e, a abri-se para receber, em sua vida, as demais pessoas, sem preconceitos, sem arrogância, sem deixar para mais tarde. O amanhã poucas vezes tem a sorte de trazer consigo as circunstâncias pretéritas que criamos não haverem passar. E quando finalmente nos damos conta de onde estamos é que paramos para pensar em como chegamos ali, quando deveríamos fazer isso mesmo antes de iniciarmos qualquer percurso na vida, para, entre tantos, termos nos planejado para a melhor estrada. Geralmente fazemos o caminho mais curto, que é o mais superficial, nesse assunto de vida e coisas que, de fato, valem apena. Os bons são os caminhos longos, não porque se tenha caminhado mais, mas por que, no sentido aqui abordado, empreendeu-se a construção de mais tempo.
Ninguém sabe quando morrerá, mas todos morrerão e cada um terá vivido a sua própria quantidade de horas nesse mundo. Essas horas serão exatas. No entanto, o tempo de vida que cada um terá dependerá de como encarou a vida e de como se relacionou com ela a partir das pessoas com as quais conviveu. Por isso, seja gentil com as pessoas, amável, crie laços e não se isole, jamais. As pessoas são os maiores valores com os quais lidamos na terra, são o que devem realmente ser objeto de nossa atenção, esforço e dedicação. O restante, de certa forma, é perda de tempo se estiver desarraigado desta baliza do ser.
Não se iluda, acreditando que tudo permanecerá como está. As coisas mudaram. Pessoas passaram. E oportunidades presentes perderam seu espaço por que as circunstâncias que lhe formam se reconfiguraram. Por tanto, o que tens que fazer, FAÇA AGORA.

Espero, com esse texto, ter tomado, em sua vida, mais tempo que os minutos que você levou para Lê-lo...Por Ricardo

sexta-feira, 18 de março de 2011

Por Clóvis Diaz Jr

Deus é o criador do mal?
Algumas ordens de consideração propedêuticas são necessárias antes de adentrar-se no cerne da questão sugerida. De inicio, para responder a proposta, devemos considerar o criacionismo como uma doutrina nascida no oriente médio com base nos livros sagrados das três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo), vez que são encontradas em outras religiões e nas culturas antigas diversas explicações das origens relacionadas com Deus, tais como tudo é Deus, sendo o mundo Deus (panteísmo); ou que o mundo é uma emanação necessária de Deus; ou o mundo é produto de uma queda, e, portanto, pode ser rejeitado ou superado (gnose); ou que o mundo foi criado por Deus e depois abandonado a si mesmo (deísmo) (IGREJA CATÓLICA, 2000, p. 84).
Em segundo lugar levaremos em conta que Deus (Iahweh ou Alá) é eterno e existe antes de tudo, sendo o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Consideramos, ainda, que Deus é o sumo bem e ama sua criação com um amor infinito, conforme a Lei Sagrada dos Judeus (Torá), que coincide com os cinco primeiros livros da Bíblia cristã, segundo a qual “No princípio, Deus criou o céu e a terra”, Gênesis 1, 1 (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2006, p. 33), bem como nos demais escritos sagrados, ao exemplo do profeta Isaías, 43, 4a, em que Deus fala direcionado à criação dizendo “Pois que és precioso aos meus olhos, é honrado e eu te amo” (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2006, p. 1321). O monoteísmo islâmico segue a mesma linha, Maomé ressaltou “a crença num só Deus, que é criador e juiz. Esse Deus criou o mundo e tudo o que nele há”, no entanto, “Deus não é apenas um juiz onipotente; além disso, é repleto de amor e compaixão. Todas as suras do Corão começam com as palavras: ‘Em nome de Alá, o Misericordioso, o Compassivo” (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2005, p. 133-134).
Para responder à questão, em principio, não se pode considerar o mundo a partir de uma concepção puramente maniqueísta, em que existe uma separação total entre o bem e o mal, isso porque o que é mau para uma determinada pessoa ou sociedade pode não ser considerado assim para outras. Ilustrando, realizar inseminação artificial utilizando sêmen doado pode ser um ato de grande alegria para uma família em que o esposo é infértil, porém, em algumas culturas, tal atitude é uma afronta à ordem natural das coisas.
É sadia, no entanto, a separação entre o que é bom e o que é ruim por meio de um dualismo ético, em que se estabelecem os patamares mínimos de dignidade humana que devem ser respeitados, tais como fazem as declarações internacionais de direitos humanos, sendo esta segunda forma de separação algo indispensável para vida em sociedade (BETTENCOURT, 1993, p. 480). E é este dualismo que servirá como base para responder a questão.





A indagação sobre de onde provem o mal foi enfrentada por santo Agostinho de Hipona e é tratada em sua obra sobre o livre arbítrio, na transcrição do diálogo travado entre Agostinho e seu amigo Evódio. Em sua resposta Agostinho objeta que existem dois sentidos para a palavra “mal”, um de dizer que alguém praticou algum mal, e outro de afirmar que alguém sofreu algum mal. Quanto ao primeiro tipo de mal, Deus, como sumo bem, de forma alguma poderia praticar tal ato. Por outro lado, se Deus é justo, deve distribuir recompensas aos bons e punições aos que agem mal, tais punições, por seu turno, parecem males aos que as recebem. Visto sob esta ótica, Deus estaria sim criando o mal. Quanto ao primeiro gênero de mal o autor seria cada pessoa que comete a má ação. Abaixo transcrevo parte do diálogo em testilha:


Evódio. Peço-te que me digas, será Deus o autor do mal?
Agostinho. Dir-te-ei, se antes me explicares a que mal te referes. Pois, habitualmente, tomamos o termo "mal" em dois sentidos: um, ao dizer que alguém praticou o mal; outro, ao dizer que sofreu algum mal.
Ev. Quero saber a respeito de um e de outro.
Ag. Pois bem, se sabes ou acreditas que Deus é bom — e não nos é permitido pensar de outro modo —, Deus não pode praticar o mal. Por outro lado, se proclamamos ser ele justo — e negá-lo seria blasfémia —, Deus deve distribuir recompensas aos bons, assim como castigos aos maus. E por certo, tais castigos parecem males àqueles que os padecem. É porque, visto ninguém ser punido injustamente — como devemos acreditar, já que, de acordo com a nossa fé, é a divina Providência que dirige o universo —, Deus de modo algum será o autor daquele primeiro gênero de males a que nos referimos, só do segundo (AGOSTINHO, 1995, p. ).


Aprofundado a temática do mal, santo Agostinho ainda propõe uma análise do mal sob três aspectos: a) metafísico-ontológico; b) moral; c) físico (REALE, 2003, p. 97). Pela análise metafísico-ontológica não existe mal no cosmos, mas apenas graus inferiores de ser em relação a Deus, a partir da ponderação da finitude da coisa criada, em seus diferentes niveis de finitude, em relação à infinitude de Deus. Giovanni Reale (2003, p. 98) ilustra bem esta análise ao afirmar que as pessoas julgam a existência de certos animais nocivos como um mal criado por Deus, mas, na verdade, estão apenas medindo com o metro de nossa utilidade as vantagens que este animal nos tem, entretanto, “Medida com o metro do todo, cada coisa, mesmo aquela aparentemente mais insignificante, tem seu sentido e sua razão de ser e, portanto, constitui algo positivo”.
O mal moral, por seu turno, é o pecado, e depende da má vontade. Por sua natureza, a vontade deveria ser direcionada para o Bem supremo, contudo, em vista da existência de diversos bens criados e finitos, a vontade pode tender a estes em detrimento de Deus. “O mal moral, portanto, é uma aversio a Deo e uma conversio ad creaturam, é a escolha de um ser inferior ao invés do ser supremo” (REALE, 2003, p. 98). O mal moral é, assim, resultado das escolhas humanas.
O ma1 físico, por fim, como as doenças e a morte, tem origem na mal moral, em especial no pecado original.
O mal do dualismo ético, que corresponde ao mal moral de santo Agostinho, é, então, resultado do amor de Deus que criou os homens como seres livres, mas não é criação de Deus. São Tomás de Aquino referenda que o homem foi criado como ser racional, desta forma, é capaz de conhecer o fim pelo qual cada coisa tende por natureza, conhecendo uma ordem das coisas da qual Deus é o bem supremo e fazendo suas escolhas. Neste sentido Reale apresenta o pensamento do filósofo:


Naturalmente, se o intelecto pudesse oferecer a visão beatifica de Deus, a vontade humana não poderia deixar de querê-la. Mas, aqui embaixo, isso não é possível. Na vida terrena, o intelecto só conhece o bem e o mal de coisas e ações que não são de Deus. Portanto, a vontade é livre para querê-las ou não querê-las (REALE, 2003, p. 227).


Em conclusão, Deus é o sumo bem e ama sua criação, e porque a ama a fez livre para escolher seus rumos na vida terrena, e justamente porque possui este livre arbítrio que o homem, quando assim deseja, se afasta do criador e pratica o mal. Concorda-se com Ratzinger quando se vê que este é um risco que Deus optou por corre, pois não seria um Deus bom se escravizasse sua criação, “Um mundo criado e desejado com o risco da liberdade e do amor, não pode ser pura matemática. Como espaço vital do amor, ele torna-se palco das liberdades e aceita o risco do mal. Esse mundo enfrenta a aventura da treva com vistas a uma luz maior, luz que é liberdade e amor” (RATZINGER, 1970, p. 119-120).
O inferno, por seu turno, não é o mal criado por Deus, é apenas um estado que o individuo escolheu por afastar-se de Deus. Deus não envia as pessoas para o inferno, estas escolhem este caminho. Não há escravidão, então, na pregação da salvação eterna, é apenas uma proposta que a criatura pode aderir ou não.


REFERÊNCIAS


AGOSTINHO, Santo. O livre-arbítrio. Tradução Nair de Assis Oliveira. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1995.


BETTENCOURT, Estevão Tavares. O Bem e o Mal: Maniqueísmo? Revista Pergunte e Responderemos, Rio de Janeiro, n. 377, p. 479-480, 1993.


BÍBLIA DE JERUSALÉM. Bíblia sagrada. 4. imp. São Paulo: Paulus, 2006.


GAARDER, Jostein. HELLERN, Victor. NOTAKER, Henry. Livro das religiões. Tradução Isa Mara Lando. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.


IGREJA CATÓLICA. Catecismo da Igreja católica. São Paulo: Loyola, 2000.


RATZINGER, Joseph. Introdução ao cristianismo. São Paulo: Herder, 1970.


REALE, Giovanni. História da filosofia: patrística e escolástica, v. 2. Tradução Ivo Storniolo

Entrevista Senador Paulo Pain ao site café historia

História para Historiadores


Senador conversa com o Café História sobre projeto de lei de sua autoria que pretende regulamentar a profissão de historiador no Brasil


Ele não é historiador, mas seu trabalho está prestes a mudar o estatuto de milhares de historiadores brasileiros. Podemos definir desta forma a importância do novo entrevistado do Café História, o Senador Paulo Paim (PT-RS), autor do projeto de lei que prevê a regulamentação do ofício de historiador, no Brasil.

Nascido em 15 de março de 1950, em Caxias do Sul, Paulo Paim é metalúrgico formado pelo SENAI. Foi deputado federal de 1987 a 2002. Desde 2003 é senador, eleito no pleito de outubro de 2002 pelo PT com 2.102.904 votos (19,07% dos votos válidos), pelo estado do Rio Grande do Sul. É filiado ao Partido dos Trabalhadores.

Para saber mais sobre o projeto do senador que afeta a todos os historiadores do país, confira abaixo uma entrevista exclusiva que o Café História fez com o senador.

CAFÉ HISTÓRIA -Senador Paulo Paim, antes de tudo, muito obrigado por aceitar a entrevista do Café História. Recentemente, o seu projeto de lei para a regulamentação da profissão de historiador tem sido tema de grandes debates em nossa rede. Por isso, é uma grande honra poder escutá-lo. E começamos nossa conversa resgatando o surgimento de sua proposta: por que regulamentar a profissão de historiador? Quando e como surgiu a idéia?

SENADOR PAULO PAIM - Sou eu quem agradece a oportunidade de conversar com vocês neste espaço. Sobre a pergunta, o projeto nasceu das inúmeras reivindicações da categoria. Consideramos o pedido justo, afinal, os profissionais da área precisam ter seus direitos reconhecidos. Mais que isso, reconhecer e regulamentar a profissão é mostrar aos historiadores que o país valoriza o trabalho e os profissionais.

CAFÉ HISTÓRIA -O que falta para que o projeto de lei seja totalmente aprovado e posto em prática? Quanto tempo isso deve demorar? Ainda há possibilidade de alteração do texto?

SENADOR PAULO PAIM - Para que a matéria vire lei, é necessário que a Câmara vote e aprove a matéria da forma como saiu aqui do Senado. Se houver alteração na Câmara, a matéria retorna ao Senado. Infelizmente, não podemos prever o tempo de tramitação, pois isso dependerá da tramitação na Câmara. Nesse ponto digo sempre que o rufar dos tambores nas ruas deve se fazer ouvir aqui no Congresso. Pressionar é sempre um bom caminho.

CAFÉ HISTÓRIA -Senador, qual a opinião de seus colegas senadores sobre esse projeto de lei? Quais deles estão mais empenhados na defesa dessa “causa”?

SENADOR PAULO PAIM - A aprovação da matéria, por unanimidade, demonstra que todos os senadores são favoráveis a nossa proposta. Foi um trabalho coletivo. Eu sou o autor e o relator é o senador Cristovam Buarque.

CAFÉ HISTÓRIA - Alguns pesquisadores autônomos e pesquisadores de áreas co-relatas temem que a lei possa vir a ser prejudicial aos não-portadores de diploma em história. Isso é verdade?

SENADOR PAULO PAIM - O reconhecimento da profissão vai exigir que as pessoas tenham diploma. Espero que a iniciativa não venha a trazer prejuízo para os pesquisadores que se debruçam sobre a História.

CAFÉ HISTÓRIA - Como evitar que a regulamentação da profissão priorize regras, normas e pré-condições, deixando em segundo plano aquilo que é primordial na pesquisa histórica, ou seja, o livre exercício crítico e a ética na pesquisa?

SENADOR PAULO PAIM - As normas e regras devem existir para que haja organização e eficiência no trabalho. Com certeza, o equilíbrio é a receita. Acredito que bem equalizados, estes itens só contribuirão para que o exercício crítico e a ética sejam sempre a prioridade na pesquisa histórica.

CAFÉ HISTÓRIA - A regulamentação da profissão pode ser um primeiro passo para a constituição de Conselho Regional ou Nacional de História? Qual o impacto da aprovação dessa lei para os cursos de Ensino Superior em História?

SENADOR PAULO PAIM - Certamente pode vir a ser a primeira de muitas conquistas para a área. Acredito que a partir da regulamentação haverá mais procura pelos cursos, sem falar na questão da valorização dos cursos e dos profissionais.

CAFÉ HISTÓRIA - Senador, conforme vimos nos últimos anos, a regulamentação de profissões, no Brasil, vem provocando grandes celeumas. Enquanto busca-se regulamentar a profissão de historiador, os jornalistas, por exemplo, vêem a sua profissão passar grandes mudanças, como a queda da obrigatoriedade do diploma do Ensino Superior. Qual a sua opinião sobre essa exigência para o exercício do jornalismo?

SENADOR PAULO PAIM - Acredito que é necessário aprovarmos a regulamentação da profissão de jornalistas. É preciso que se entenda que há uma diferença entre escrever bem e ser um bom jornalista. Além do mais, a não regulamentação da profissão, a meu ver, faz com que o jornalismo brasileiro perca muito no aspecto de independência e investigação. Os profissionais, por sua vez, precisam ter respeitado o fato de que se prepararam para atuar.

CAFÉ HISTÓRIA - O senhor acredita ainda na regulamentação de outras profissões? Quais?

SENADOR PAULO PAIM - Sim. Acredito. É preciso termos claro que regulamentar profissões é garantir direitos para os trabalhadores. Por isso, sou a favor de diversas categorias. De minha autoria, por exemplo, apresentei a regulamentação dos profissionais da educação física, dos comerciários, motoristas, ortoptistas.

CAFÉ HISTÓRIA - A regulamentação da profissão certamente vai ajudar a criar novos postos de trabalhos e estabilidade para os profissionais da área. Mas será que, no futuro, a história pode ser alvo de delimitações que partam da política e não do meio intelectual/acadêmico?

SENADOR PAULO PAIM - Não sabemos exatamente o que poderá acontecer no futuro, mas a responsabilidade do legislador é estar à frente do seu tempo. Cumpri com o meu dever olhando para o presente e apostando num futuro diferente. Se ficarmos paralisados que futuro teremos? A regulamentação da profissão é um marco e é responsabilidade de todos os profissionais da área ocupar este espaço que é naturalmente seu.

CAFÉ HISTÓRIA - Senador, centenas de leitores e associados do Café História receberam com entusiasmo a aprovação do seu projeto na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. O que o senhor poderia dizer a esses mais de 19 mil estudantes, pesquisadores e professores de história?

SENADOR PAULO PAIM - Em primeiro lugar parabenizo a todos por terem conquistado essa vitória, afinal, ela não é minha, mas de cada um vocês. Em segundo, quero que saibam que me alegra ver a luta de vocês que escolheram essa belíssima profissão. Nosso país precisa, cada vez mais, de pessoas que se interessem pela área, pois apenas quem conhece o rumo dos acontecimentos pode olhar para o futuro e nos auxiliar a trilhar um belo caminho. Por isso, mais uma vez, parabéns a todos sejam estudantes, pesquisadores e professores. Sei que o caminho que vocês escolheram nem sempre é o mais fácil, mas certamente é um dos mais importantes e belos para a história de nossa gente. Tenho certeza que a felicidade de vocês é também a minha. Quando coração de vocês bater mais forte com a conquista alcançada, podem ter certeza que o meu explodirá de satisfação. Abraços a todos.

liberdade de ideias

Por muito tempo, tive pensamentos fechados, achava que tudo era do jeito que as pessoas

falavam, achava que o certo era aquilo que diziam ser certo.Porem meus olhares tiveram

uma mudança, meu comportamento é totalmente diferente daquele de anos atrás para eximplificar

melhor o que estou falando é necessário usar a filosofia,Melhor dizendo Platão, no seu livro a

República no capitulo oitavo ele usa o exemplo de uma caverna onde as pessoas vivem dentro

dela, acorrentado ate o pescoço, de uma maneira a não vêr a luz do sol, que fazia com que eles

olha-se somente sombras.Assim somos nós, vivemos e um mundo imaginario, surreal, achando que este é o mundo certo,preso a idéias da infraestrutura e superestrutura, porem não é.

É necessario buscar aquilo que é certo, analisar tudo, ir alem de uma notícia divulgada no jornal

é necessario tirar as corrente que nos amarram a ficar preso em concecpções dos outros, é necessario ter a sua.

Depois de um tempo, pode me vêr um pouco mais livre apesar que a liberdade como um todo é complicado, mas é necessario sair da caverna é ter sua propria ideia.
Hoje eu acordei pra falar

falar o que vem na mente

dizer o que eu quizer

eu so quero me expressar, não estou interessado se o que é dito é certo ou errado

hoje não quero se reprimido, nem distrair com ideias novas de escrito velhos

ja que não tenho nada a dizer pelo menos me expressei.

futebol

Hoje 18/03/2011, sexta feira, vamos falar um pouco sobre o que aconteceu de melhor no futebol brasileiro e mundial nesta semana.

Nos jogos da champions liguei, Destaque pra Inter e Real Madri que conseguiram uma otima classificação ao eliminar Bayen de Munique(3x2) e Lyon(2x0), respectivamente.Já no Brasil o destaque pra vitória do Palmeiras diante a Uberaba( 4x0) na copa do Brasil, edo flamengo sobre o fortaleza(3x0). Ja na libertadores o destaque é pra Santos que se complicou com a derrota de 3x1, e a Vitória do Inter e do cruzeiro (7x1)