Mais um dia
Mais trabalho
A força, minha ferramenta
Meu suor, salário
Gratificações, sacos na cabeça
Na mão, fardos de refrigerante
Na cabeça, o peso e a responsabilidade de casa
No peito; o amor pela família
Pulso , o relógio marca os minutos para liberdade
No olhar; o desejo por dias melhores e uma vida digna
O sorriso, a simplicidade da vida
blogs
quarta-feira, 23 de março de 2011
Sempre que eu preciso
Me desconectar
Todos os caminhos
Levam ao mesmo lugar
É meu esconderijo
O meu altar
Quando todo mundo
Quer me crucificar...
Eu só quero estar
Com você!
Ficar com você!...
Quando o tempo fecha
E o céu quer desabar
Perto do limite
Difícil de agüentar
Eu volto prá casa
E te peço prá ficar...
Em silêncio
Só ficar...
Eu tenho muitos amigos
Tenho discos e livros
Mas quando eu mais preciso
Eu só tenho você...
Tenho sorte e juízo
Cartão de crédito
E um imenso disco rígido
Mas quando eu mais preciso
Eu só tenho você
Quando eu mais preciso
Eu só tenho você...
Tenho a consciência em paz
(Só tenho você)
Tenho mais do que eu preciso
(Só tenho você)
Mas, se eu preciso de paz
Eu só tenho você
Tenho muito mais dúvidas
Do que certezas
Hoje, com certeza
Eu só tenho você...
Eu tenho medo de cobras
Já tive medo do escuro
Tenho medo de te perder...
Me desconectar
Todos os caminhos
Levam ao mesmo lugar
É meu esconderijo
O meu altar
Quando todo mundo
Quer me crucificar...
Eu só quero estar
Com você!
Ficar com você!...
Quando o tempo fecha
E o céu quer desabar
Perto do limite
Difícil de agüentar
Eu volto prá casa
E te peço prá ficar...
Em silêncio
Só ficar...
Eu tenho muitos amigos
Tenho discos e livros
Mas quando eu mais preciso
Eu só tenho você...
Tenho sorte e juízo
Cartão de crédito
E um imenso disco rígido
Mas quando eu mais preciso
Eu só tenho você
Quando eu mais preciso
Eu só tenho você...
Tenho a consciência em paz
(Só tenho você)
Tenho mais do que eu preciso
(Só tenho você)
Mas, se eu preciso de paz
Eu só tenho você
Tenho muito mais dúvidas
Do que certezas
Hoje, com certeza
Eu só tenho você...
Eu tenho medo de cobras
Já tive medo do escuro
Tenho medo de te perder...
Já vou, será
eu quero ver
o mundo eu sei
não é esse lá
por onde andar
eu começo por onde a estrada vai
e nao culpo a cidade, o pai
vou lá, andar
e o que eu vou ver
eu sei lá
não faz disso esse drama essa dor
é que a sorte é preciso tirar pra ter
perigo é eu me esconder em você
e quando eu vou voltar, quem vai saber
se alguem numa curva me convidar
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar
eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou
Eu escrevo e te conto o que eu vi
e me mostro de lá pra você
guarde um sonho bom pra mim
eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou
eu quero ver
o mundo eu sei
não é esse lá
por onde andar
eu começo por onde a estrada vai
e nao culpo a cidade, o pai
vou lá, andar
e o que eu vou ver
eu sei lá
não faz disso esse drama essa dor
é que a sorte é preciso tirar pra ter
perigo é eu me esconder em você
e quando eu vou voltar, quem vai saber
se alguem numa curva me convidar
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar
eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou
Eu escrevo e te conto o que eu vi
e me mostro de lá pra você
guarde um sonho bom pra mim
eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou
O mundo me condena
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome.
Mas a filosofia
Hoje me auxilia
A viver indiferente assim.
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Para ninguém zombar de mim.
Não me incomodo
Que você me diga
Que a sociedade
É minha inimiga.
Quanto a você
Da aristocracia
Que tem dinheiro
Mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Sendo escrava desta gente
Que cultiva hipocrisia.
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome.
Mas a filosofia
Hoje me auxilia
A viver indiferente assim.
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Para ninguém zombar de mim.
Não me incomodo
Que você me diga
Que a sociedade
É minha inimiga.
Quanto a você
Da aristocracia
Que tem dinheiro
Mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Sendo escrava desta gente
Que cultiva hipocrisia.
terça-feira, 22 de março de 2011
População e o preço dos alimentos, artigo de José Eustáquio Diniz Alves
O consumo e a produção econômica mundial tem crescido muito acima do aumento da população. A preços constantes, o PIB mundial era de US$ 10 trilhões, em 1960, para uma população 3 bilhões de habitantes. Isto representava uma renda per capita de US$ 3,3 mil dólares. Em 2010, o PIB mundial era de US$ 70 trilhões, para uma população de quase 7 bilhões de habitantes, representando uma renda per capita de cerca de US$ 10 mil dólares. Para 2050, estima-se um PIB mundial de US$ 280 trilhões para uma população de 9 bilhões de habitantes, resltando em uma renda per capita de pouco mais de US$ 30 mil dólares. Portanto, em 90 anos, a economia mundial vai crescer 28 vezes, enquanto a população deve crescer 3 vezes, no mesmo período.
Evidentemente, a concentração da renda faz com que parcelas minoritárias da população se apropriem de grandes parcelas do PIB, enquanto a maioria da população fica com parcelas menores. Supondo que os 50% mais pobres da população fiquem com apenas 10% do PIB, isto significa que 1,5 bilhão de habitantes, em 1960, detinham US$ 1 trilhão de dólares (667 dólares per capita entre os 50% mais pobres); que 3,5 bilhões de habitantes, em 2010, detinham US$ 7 trilhões (2 mil dólares per capita entre os 50% mais pobres); e que 4,5 bilhões de habitantes, em 2050, teriam 28 trilhões de dólares (6,3 mil dólares per capita entre os 50% mais pobres).
Este exercicio numérico é apenas para mostrar que mesmo considerando um alto grau de concentração de renda, o crescimento da população e da economia implicam em aumento do poder de compra mesmo para os estratos mais baixos da pirâmide de renda da população. Em 2050 teríamos a metade da população de menor renda 3 vezes maior do que em 1960, mas com uma capacidade de compra, em termos reais, quase 10 vezes maior.
Desta forma, o crescimento da população e da economia mundial tem permitido que as parcelas privilegiadas da população diversifiquem seus padrões de consumo e adotem um estilo de vida com muito luxo, riqueza e desperdício. Os 50% mais ricos da população mundial (classes altas e médias) eram 1,5 bilhão de pessoas apropriando US$ 9 trilhões em 1960, passaram para 3,5 bilhões de pessoas e 63 trilhões de dólares, em 2010, e devem passar para 4,5 bilhões de pessoas e US$ 250 trilhões em 2050. Esta metade da parte superior da pirâmide de renda é a grande responsável pela degradação do meio ambiente e do aquecimento global.
Mas também a população de baixa renda tem aumentado o acesso aos bens industriais, mas principalmente, o acesso aos bens de primeira necessidade. A metade mais pobre da população mundial era de 1,5 bilhão de pessoas com renda de US$ 1 trilhão, em 1960, passou para 3,5 bilhões de pessoas com renda de US$ 7 trilhões, em 2010 e deve chegar a 4,5 bilhões de pessoas com renda de US$ 28 trilhões de dólares, em 2050. Portanto, trata-se de uma parcela que é pobre em termos relativos, mas não tanto em termos absolutos. Nas próximas décadas, o poder de compra desta parcela dos 50% mais pobres (mesmo tendo apenas 10% da renda mundial), será maior do que o de toda a população mundial em 1960. Por estas e outras, a esperança de vida ao nascer da população mundial passou de 52 anos, em 1960, para 68 anos, em 2010, e deve chegar a 76 anos, em 2050.
Embora haja, hoje em dia, cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo que passam fome ou vivem em situação de insegurança alimentar, existem 6 bilhões que consomem cada vez mais produtos da agricultura e da pecuária, pressionando as resevas de terra e água. Por exemplo, o alto crescimento econômico da China e da Índia tem possibilitado que os cerca de 2,5 bilhões de habitantes destes países aumentem o conteúdo nutricional de suas dietas alimentares. Os países em desenvolvimento (e mais populosos) são os que apresentam maior crescimento econômico hoje em dia. Portanto, a pressão do consumo alimentar sobre os recursos naturais é crescente e evidente.
Para aumentar a produção de alimentos muitos países tem recorrido às reservas de água dos aquíferos para sustentar a expansão da agricultura e da pecuária. A Arábia Saudita, por exemplo, conseguiu quase a auto-suficiência na produção de grãos utilizando os aquíferos fósseis (não renováveis) do país. Acontece que as reservas de água destes aquíferos estão se esgotando. Calcula-se que a partir de 2015 a Arábia Saudita terá que recorrer totalmente ao mercado internacional para o abastecimento alimentar do país. Também a China e a Índia sofrem com a sobreexploração dos seus recursos hídricos. Para piorar as coisas, o aquecimento global tem aumentado a frequência dos fenômenos climáticos extremos, com o aumento das secas e enchentes, o que prejudica as safras agriculas e a engorda do gado.
Neste quadro, não é surpresa o constante aumento do preço dos alimentos no mundo à medida em que a economia dos países mais populosos cresce. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), divulgou em março de 2011 que os preços globais dos alimentos, depois de sofrer aumento pelo oitavo mês consecutivo, alcançaram o nível recorde em fevereiro de 2011, chegando a 236 pontos, diante da média de 100 do período 2002-2004. Parte deste aumento pode ser creditado ao efeito da especulação e da posição monopolista de algumas grandes empresas mundiais. Romper com o poder dos atravessadores e eliminar os estoque especulativos é uma tarefa urgente.
Porém, não se pode desconsiderar que parte do aumento do preço decorre do crescimento da demanda – que é o resultado do aumento da população e do seu poder de compra – e da exaustação dos recursos naturais. Para agravar a situação, o aumento do preço do petróleo eleva ainda mais o custo da produção de alimentos. A produção de biocombustíveis também é outro fator de pressão.
Até 2050, o mundo terá mais 2 bilhões de pessoas, passando de 7 para 9 bilhões de habitantes. Será que a agricultura, a aquacultura e a pecuária vão ser capazes de suprir as necessidades alimentares da humanidade, a preços acessíveis? Será possível aumentar a produção dos meios de subsistência da população sem comprometer ainda mais a capacidade regenerativa do planeta Terra?
José Eustáquio Diniz Alves, colunista do EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE. As opiniões deste artigo são do autor e não refletem necessariamente aquelas da instituição.
E-mail: jed_alves{at}yahoo.com.br
Evidentemente, a concentração da renda faz com que parcelas minoritárias da população se apropriem de grandes parcelas do PIB, enquanto a maioria da população fica com parcelas menores. Supondo que os 50% mais pobres da população fiquem com apenas 10% do PIB, isto significa que 1,5 bilhão de habitantes, em 1960, detinham US$ 1 trilhão de dólares (667 dólares per capita entre os 50% mais pobres); que 3,5 bilhões de habitantes, em 2010, detinham US$ 7 trilhões (2 mil dólares per capita entre os 50% mais pobres); e que 4,5 bilhões de habitantes, em 2050, teriam 28 trilhões de dólares (6,3 mil dólares per capita entre os 50% mais pobres).
Este exercicio numérico é apenas para mostrar que mesmo considerando um alto grau de concentração de renda, o crescimento da população e da economia implicam em aumento do poder de compra mesmo para os estratos mais baixos da pirâmide de renda da população. Em 2050 teríamos a metade da população de menor renda 3 vezes maior do que em 1960, mas com uma capacidade de compra, em termos reais, quase 10 vezes maior.
Desta forma, o crescimento da população e da economia mundial tem permitido que as parcelas privilegiadas da população diversifiquem seus padrões de consumo e adotem um estilo de vida com muito luxo, riqueza e desperdício. Os 50% mais ricos da população mundial (classes altas e médias) eram 1,5 bilhão de pessoas apropriando US$ 9 trilhões em 1960, passaram para 3,5 bilhões de pessoas e 63 trilhões de dólares, em 2010, e devem passar para 4,5 bilhões de pessoas e US$ 250 trilhões em 2050. Esta metade da parte superior da pirâmide de renda é a grande responsável pela degradação do meio ambiente e do aquecimento global.
Mas também a população de baixa renda tem aumentado o acesso aos bens industriais, mas principalmente, o acesso aos bens de primeira necessidade. A metade mais pobre da população mundial era de 1,5 bilhão de pessoas com renda de US$ 1 trilhão, em 1960, passou para 3,5 bilhões de pessoas com renda de US$ 7 trilhões, em 2010 e deve chegar a 4,5 bilhões de pessoas com renda de US$ 28 trilhões de dólares, em 2050. Portanto, trata-se de uma parcela que é pobre em termos relativos, mas não tanto em termos absolutos. Nas próximas décadas, o poder de compra desta parcela dos 50% mais pobres (mesmo tendo apenas 10% da renda mundial), será maior do que o de toda a população mundial em 1960. Por estas e outras, a esperança de vida ao nascer da população mundial passou de 52 anos, em 1960, para 68 anos, em 2010, e deve chegar a 76 anos, em 2050.
Embora haja, hoje em dia, cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo que passam fome ou vivem em situação de insegurança alimentar, existem 6 bilhões que consomem cada vez mais produtos da agricultura e da pecuária, pressionando as resevas de terra e água. Por exemplo, o alto crescimento econômico da China e da Índia tem possibilitado que os cerca de 2,5 bilhões de habitantes destes países aumentem o conteúdo nutricional de suas dietas alimentares. Os países em desenvolvimento (e mais populosos) são os que apresentam maior crescimento econômico hoje em dia. Portanto, a pressão do consumo alimentar sobre os recursos naturais é crescente e evidente.
Para aumentar a produção de alimentos muitos países tem recorrido às reservas de água dos aquíferos para sustentar a expansão da agricultura e da pecuária. A Arábia Saudita, por exemplo, conseguiu quase a auto-suficiência na produção de grãos utilizando os aquíferos fósseis (não renováveis) do país. Acontece que as reservas de água destes aquíferos estão se esgotando. Calcula-se que a partir de 2015 a Arábia Saudita terá que recorrer totalmente ao mercado internacional para o abastecimento alimentar do país. Também a China e a Índia sofrem com a sobreexploração dos seus recursos hídricos. Para piorar as coisas, o aquecimento global tem aumentado a frequência dos fenômenos climáticos extremos, com o aumento das secas e enchentes, o que prejudica as safras agriculas e a engorda do gado.
Neste quadro, não é surpresa o constante aumento do preço dos alimentos no mundo à medida em que a economia dos países mais populosos cresce. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), divulgou em março de 2011 que os preços globais dos alimentos, depois de sofrer aumento pelo oitavo mês consecutivo, alcançaram o nível recorde em fevereiro de 2011, chegando a 236 pontos, diante da média de 100 do período 2002-2004. Parte deste aumento pode ser creditado ao efeito da especulação e da posição monopolista de algumas grandes empresas mundiais. Romper com o poder dos atravessadores e eliminar os estoque especulativos é uma tarefa urgente.
Porém, não se pode desconsiderar que parte do aumento do preço decorre do crescimento da demanda – que é o resultado do aumento da população e do seu poder de compra – e da exaustação dos recursos naturais. Para agravar a situação, o aumento do preço do petróleo eleva ainda mais o custo da produção de alimentos. A produção de biocombustíveis também é outro fator de pressão.
Até 2050, o mundo terá mais 2 bilhões de pessoas, passando de 7 para 9 bilhões de habitantes. Será que a agricultura, a aquacultura e a pecuária vão ser capazes de suprir as necessidades alimentares da humanidade, a preços acessíveis? Será possível aumentar a produção dos meios de subsistência da população sem comprometer ainda mais a capacidade regenerativa do planeta Terra?
José Eustáquio Diniz Alves, colunista do EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE. As opiniões deste artigo são do autor e não refletem necessariamente aquelas da instituição.
E-mail: jed_alves{at}yahoo.com.br
sábado, 19 de março de 2011
Como a Primeira vez
Eu procuro viver sem perder a razão
Buscando o conhecimento ate então, nunca visto
A certeza de um leitor aborrecido
Sou eu que faço minha história
A vida, um longo ensinamento
Já dizia o refrão; “Vivendo e aprendendo”
Usando a expressão para conter o medo
E o calor pra esquentar os dedos
Na janela a saída
No relógio a batida
Não sei o que dizer, não sei o fazer
Paro, me calo,espero o dia amanhecer
Para fazer tudo outra vez
Como fosse a primeira vez
Buscando o conhecimento ate então, nunca visto
A certeza de um leitor aborrecido
Sou eu que faço minha história
A vida, um longo ensinamento
Já dizia o refrão; “Vivendo e aprendendo”
Usando a expressão para conter o medo
E o calor pra esquentar os dedos
Na janela a saída
No relógio a batida
Não sei o que dizer, não sei o fazer
Paro, me calo,espero o dia amanhecer
Para fazer tudo outra vez
Como fosse a primeira vez
Guantánamo
Quem foi que disse "te quero"?
Qual era mesmo a canção?
Quem viu a cor do dinheiro?
Qual a melhor tradução?
Quem foi ao rio de janeiro?
Qual era a intenção?
Qual foi o dia e a hora?
Quem foi embora... adeus
- Me tira daqui
- Não adianta gritar
- Me ajuda a fugir
- Ninguém vai escutar
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Quem sabe o que vem primeiro?
Quem sabe o que vem depois?
Quem cabe no mundo inteiro?
Quem mais além de nós dois?
Quem chama ao telefone?
Por que não bate na porta?
Que chama arde teu nome?
Será que alguém se importa?
- Me tira daqui
- Não adianta gritar
- Me ajuda a fugir
- Ninguém vai escutar
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Qual é a droga que salva?
Qual é a dose letal?
Quem quer saber tudo isso
Será que agüenta a pressão?
Eu não sei a resposta
Eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Qual era mesmo a canção?
Quem viu a cor do dinheiro?
Qual a melhor tradução?
Quem foi ao rio de janeiro?
Qual era a intenção?
Qual foi o dia e a hora?
Quem foi embora... adeus
- Me tira daqui
- Não adianta gritar
- Me ajuda a fugir
- Ninguém vai escutar
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Quem sabe o que vem primeiro?
Quem sabe o que vem depois?
Quem cabe no mundo inteiro?
Quem mais além de nós dois?
Quem chama ao telefone?
Por que não bate na porta?
Que chama arde teu nome?
Será que alguém se importa?
- Me tira daqui
- Não adianta gritar
- Me ajuda a fugir
- Ninguém vai escutar
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Qual é a droga que salva?
Qual é a dose letal?
Quem quer saber tudo isso
Será que agüenta a pressão?
Eu não sei a resposta
Eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
ENSAIO SOBRE O TEMPO

O Tempo. Essa é questão que, não sei há quanto TEMPO, se filosofa a respeito, canta-se e faz-se poesias ao seu entorno. Bom, também eu, tirei um “tempinho” para falar sobre ele...
Primeiramente, informo ao meu leitor que não pretendo discorrer sobre o tempo etéreo na abstração vaga de uma idéia de linearidade que nos contenha em si; nem qualquer coisa neste sentido. Não tenho tempo para isso. Penso que esta seja uma discussão anacrônica. Hoje, o que interessa discutir é o tempo enquanto experiência. Venha.
Uma das experiências mais tristes que o ser humano faz é a de olhar para o seu momento presente e perceber que ele se formou sobre um passado vazio das experiências que se poderia ter feito com as pessoas que se ama e as oportunidades que se teve; e, tudo por que se acreditou que era possível adiar as nossas iniciativas para fazê-lo. É como o caso de um técnico esportivo que deixasse o jogo na defensiva, para armar um ataque estratégico no segundo tempo da partida sem, contudo, dar-se conta de que, na verdade, já está no último minuto do jogo!
O que houve com um pai que vê seus filhos grandes, casados, formados e, pensa consigo mesmo, “quando isso tudo aconteceu?”, um pai ou uma mãe, que esteve todos esses anos sob o mesmo teto e, ainda assim, pasma diante da realidade que se apresenta a ele como se ela tivesse aterrissado de para quedas nos seus quarenta e tantos anos?
O que houve, ainda, com um filho que olha seus pais idosos e tem a impressão de lhe serem estranhos estes, seus genitores?
Essas questões, extremas, ainda que terríveis, acontecem com muita freqüência, embora se passem no silêncio das íntimas reflexões, dores e remorsos.
O que houve nesses casos e, que acontece em tantas famílias e comunidades, para serem compreendidas, evocam de nós um sentido próprio de tempo. No caso que apresentei foi muito tempo corrido, mas, as experiências que fizeram cada pessoa umas em relação às outras de se abrirem, mutuamente, às suas respectivas realidades, sensibilidades, fraquezas e virtudes, praticamente, não existiu.
Não é o tempo que guarda nossas experiências; é aquilo que vivemos - os momentos - que têm uma medida própria de temporalidade e, pela sua intensidade, verdade e, sobretudo, como estão ligados aos nossos afetos e compreensões, que fazem, a si, durarem uma efemeridade ou um marco perene constitutivo de valores. Por isso, é que, se na família, não permitirmos que nos conheçam e nem nos empenharmos em conhecer uns aos outros, não elaboraremos laços emocionais uns com os outros. E são, exatamente, esses laços que desejo apresentar como tempo, de fato.
Quanto mais firmes são tais ligações mais tempo elas significam. A força que têm não está vinculada ao número de horas que tenha durado o seu processo de estabelecimento, mas, à profundidade com que se permitiu que o outro nos acompanhasse naquilo que de fato somos, e vice e versa.
Disse isso para caminhar à conclusão de que o tempo, efetivamente, é afetivo.
Dito isto, o que desejo falar-lhe, agora, é que faça, desde hoje, a desafiadora tarefa de dar-se ao outro e, a abri-se para receber, em sua vida, as demais pessoas, sem preconceitos, sem arrogância, sem deixar para mais tarde. O amanhã poucas vezes tem a sorte de trazer consigo as circunstâncias pretéritas que criamos não haverem passar. E quando finalmente nos damos conta de onde estamos é que paramos para pensar em como chegamos ali, quando deveríamos fazer isso mesmo antes de iniciarmos qualquer percurso na vida, para, entre tantos, termos nos planejado para a melhor estrada. Geralmente fazemos o caminho mais curto, que é o mais superficial, nesse assunto de vida e coisas que, de fato, valem apena. Os bons são os caminhos longos, não porque se tenha caminhado mais, mas por que, no sentido aqui abordado, empreendeu-se a construção de mais tempo.
Ninguém sabe quando morrerá, mas todos morrerão e cada um terá vivido a sua própria quantidade de horas nesse mundo. Essas horas serão exatas. No entanto, o tempo de vida que cada um terá dependerá de como encarou a vida e de como se relacionou com ela a partir das pessoas com as quais conviveu. Por isso, seja gentil com as pessoas, amável, crie laços e não se isole, jamais. As pessoas são os maiores valores com os quais lidamos na terra, são o que devem realmente ser objeto de nossa atenção, esforço e dedicação. O restante, de certa forma, é perda de tempo se estiver desarraigado desta baliza do ser.
Não se iluda, acreditando que tudo permanecerá como está. As coisas mudaram. Pessoas passaram. E oportunidades presentes perderam seu espaço por que as circunstâncias que lhe formam se reconfiguraram. Por tanto, o que tens que fazer, FAÇA AGORA.
Espero, com esse texto, ter tomado, em sua vida, mais tempo que os minutos que você levou para Lê-lo...Por Ricardo
sexta-feira, 18 de março de 2011
Por Clóvis Diaz Jr
Deus é o criador do mal?
Algumas ordens de consideração propedêuticas são necessárias antes de adentrar-se no cerne da questão sugerida. De inicio, para responder a proposta, devemos considerar o criacionismo como uma doutrina nascida no oriente médio com base nos livros sagrados das três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo), vez que são encontradas em outras religiões e nas culturas antigas diversas explicações das origens relacionadas com Deus, tais como tudo é Deus, sendo o mundo Deus (panteísmo); ou que o mundo é uma emanação necessária de Deus; ou o mundo é produto de uma queda, e, portanto, pode ser rejeitado ou superado (gnose); ou que o mundo foi criado por Deus e depois abandonado a si mesmo (deísmo) (IGREJA CATÓLICA, 2000, p. 84).
Em segundo lugar levaremos em conta que Deus (Iahweh ou Alá) é eterno e existe antes de tudo, sendo o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Consideramos, ainda, que Deus é o sumo bem e ama sua criação com um amor infinito, conforme a Lei Sagrada dos Judeus (Torá), que coincide com os cinco primeiros livros da Bíblia cristã, segundo a qual “No princípio, Deus criou o céu e a terra”, Gênesis 1, 1 (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2006, p. 33), bem como nos demais escritos sagrados, ao exemplo do profeta Isaías, 43, 4a, em que Deus fala direcionado à criação dizendo “Pois que és precioso aos meus olhos, é honrado e eu te amo” (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2006, p. 1321). O monoteísmo islâmico segue a mesma linha, Maomé ressaltou “a crença num só Deus, que é criador e juiz. Esse Deus criou o mundo e tudo o que nele há”, no entanto, “Deus não é apenas um juiz onipotente; além disso, é repleto de amor e compaixão. Todas as suras do Corão começam com as palavras: ‘Em nome de Alá, o Misericordioso, o Compassivo” (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2005, p. 133-134).
Para responder à questão, em principio, não se pode considerar o mundo a partir de uma concepção puramente maniqueísta, em que existe uma separação total entre o bem e o mal, isso porque o que é mau para uma determinada pessoa ou sociedade pode não ser considerado assim para outras. Ilustrando, realizar inseminação artificial utilizando sêmen doado pode ser um ato de grande alegria para uma família em que o esposo é infértil, porém, em algumas culturas, tal atitude é uma afronta à ordem natural das coisas.
É sadia, no entanto, a separação entre o que é bom e o que é ruim por meio de um dualismo ético, em que se estabelecem os patamares mínimos de dignidade humana que devem ser respeitados, tais como fazem as declarações internacionais de direitos humanos, sendo esta segunda forma de separação algo indispensável para vida em sociedade (BETTENCOURT, 1993, p. 480). E é este dualismo que servirá como base para responder a questão.
A indagação sobre de onde provem o mal foi enfrentada por santo Agostinho de Hipona e é tratada em sua obra sobre o livre arbítrio, na transcrição do diálogo travado entre Agostinho e seu amigo Evódio. Em sua resposta Agostinho objeta que existem dois sentidos para a palavra “mal”, um de dizer que alguém praticou algum mal, e outro de afirmar que alguém sofreu algum mal. Quanto ao primeiro tipo de mal, Deus, como sumo bem, de forma alguma poderia praticar tal ato. Por outro lado, se Deus é justo, deve distribuir recompensas aos bons e punições aos que agem mal, tais punições, por seu turno, parecem males aos que as recebem. Visto sob esta ótica, Deus estaria sim criando o mal. Quanto ao primeiro gênero de mal o autor seria cada pessoa que comete a má ação. Abaixo transcrevo parte do diálogo em testilha:
Evódio. Peço-te que me digas, será Deus o autor do mal?
Agostinho. Dir-te-ei, se antes me explicares a que mal te referes. Pois, habitualmente, tomamos o termo "mal" em dois sentidos: um, ao dizer que alguém praticou o mal; outro, ao dizer que sofreu algum mal.
Ev. Quero saber a respeito de um e de outro.
Ag. Pois bem, se sabes ou acreditas que Deus é bom — e não nos é permitido pensar de outro modo —, Deus não pode praticar o mal. Por outro lado, se proclamamos ser ele justo — e negá-lo seria blasfémia —, Deus deve distribuir recompensas aos bons, assim como castigos aos maus. E por certo, tais castigos parecem males àqueles que os padecem. É porque, visto ninguém ser punido injustamente — como devemos acreditar, já que, de acordo com a nossa fé, é a divina Providência que dirige o universo —, Deus de modo algum será o autor daquele primeiro gênero de males a que nos referimos, só do segundo (AGOSTINHO, 1995, p. ).
Aprofundado a temática do mal, santo Agostinho ainda propõe uma análise do mal sob três aspectos: a) metafísico-ontológico; b) moral; c) físico (REALE, 2003, p. 97). Pela análise metafísico-ontológica não existe mal no cosmos, mas apenas graus inferiores de ser em relação a Deus, a partir da ponderação da finitude da coisa criada, em seus diferentes niveis de finitude, em relação à infinitude de Deus. Giovanni Reale (2003, p. 98) ilustra bem esta análise ao afirmar que as pessoas julgam a existência de certos animais nocivos como um mal criado por Deus, mas, na verdade, estão apenas medindo com o metro de nossa utilidade as vantagens que este animal nos tem, entretanto, “Medida com o metro do todo, cada coisa, mesmo aquela aparentemente mais insignificante, tem seu sentido e sua razão de ser e, portanto, constitui algo positivo”.
O mal moral, por seu turno, é o pecado, e depende da má vontade. Por sua natureza, a vontade deveria ser direcionada para o Bem supremo, contudo, em vista da existência de diversos bens criados e finitos, a vontade pode tender a estes em detrimento de Deus. “O mal moral, portanto, é uma aversio a Deo e uma conversio ad creaturam, é a escolha de um ser inferior ao invés do ser supremo” (REALE, 2003, p. 98). O mal moral é, assim, resultado das escolhas humanas.
O ma1 físico, por fim, como as doenças e a morte, tem origem na mal moral, em especial no pecado original.
O mal do dualismo ético, que corresponde ao mal moral de santo Agostinho, é, então, resultado do amor de Deus que criou os homens como seres livres, mas não é criação de Deus. São Tomás de Aquino referenda que o homem foi criado como ser racional, desta forma, é capaz de conhecer o fim pelo qual cada coisa tende por natureza, conhecendo uma ordem das coisas da qual Deus é o bem supremo e fazendo suas escolhas. Neste sentido Reale apresenta o pensamento do filósofo:
Naturalmente, se o intelecto pudesse oferecer a visão beatifica de Deus, a vontade humana não poderia deixar de querê-la. Mas, aqui embaixo, isso não é possível. Na vida terrena, o intelecto só conhece o bem e o mal de coisas e ações que não são de Deus. Portanto, a vontade é livre para querê-las ou não querê-las (REALE, 2003, p. 227).
Em conclusão, Deus é o sumo bem e ama sua criação, e porque a ama a fez livre para escolher seus rumos na vida terrena, e justamente porque possui este livre arbítrio que o homem, quando assim deseja, se afasta do criador e pratica o mal. Concorda-se com Ratzinger quando se vê que este é um risco que Deus optou por corre, pois não seria um Deus bom se escravizasse sua criação, “Um mundo criado e desejado com o risco da liberdade e do amor, não pode ser pura matemática. Como espaço vital do amor, ele torna-se palco das liberdades e aceita o risco do mal. Esse mundo enfrenta a aventura da treva com vistas a uma luz maior, luz que é liberdade e amor” (RATZINGER, 1970, p. 119-120).
O inferno, por seu turno, não é o mal criado por Deus, é apenas um estado que o individuo escolheu por afastar-se de Deus. Deus não envia as pessoas para o inferno, estas escolhem este caminho. Não há escravidão, então, na pregação da salvação eterna, é apenas uma proposta que a criatura pode aderir ou não.
REFERÊNCIAS
AGOSTINHO, Santo. O livre-arbítrio. Tradução Nair de Assis Oliveira. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1995.
BETTENCOURT, Estevão Tavares. O Bem e o Mal: Maniqueísmo? Revista Pergunte e Responderemos, Rio de Janeiro, n. 377, p. 479-480, 1993.
BÍBLIA DE JERUSALÉM. Bíblia sagrada. 4. imp. São Paulo: Paulus, 2006.
GAARDER, Jostein. HELLERN, Victor. NOTAKER, Henry. Livro das religiões. Tradução Isa Mara Lando. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
IGREJA CATÓLICA. Catecismo da Igreja católica. São Paulo: Loyola, 2000.
RATZINGER, Joseph. Introdução ao cristianismo. São Paulo: Herder, 1970.
REALE, Giovanni. História da filosofia: patrística e escolástica, v. 2. Tradução Ivo Storniolo
Algumas ordens de consideração propedêuticas são necessárias antes de adentrar-se no cerne da questão sugerida. De inicio, para responder a proposta, devemos considerar o criacionismo como uma doutrina nascida no oriente médio com base nos livros sagrados das três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo), vez que são encontradas em outras religiões e nas culturas antigas diversas explicações das origens relacionadas com Deus, tais como tudo é Deus, sendo o mundo Deus (panteísmo); ou que o mundo é uma emanação necessária de Deus; ou o mundo é produto de uma queda, e, portanto, pode ser rejeitado ou superado (gnose); ou que o mundo foi criado por Deus e depois abandonado a si mesmo (deísmo) (IGREJA CATÓLICA, 2000, p. 84).
Em segundo lugar levaremos em conta que Deus (Iahweh ou Alá) é eterno e existe antes de tudo, sendo o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Consideramos, ainda, que Deus é o sumo bem e ama sua criação com um amor infinito, conforme a Lei Sagrada dos Judeus (Torá), que coincide com os cinco primeiros livros da Bíblia cristã, segundo a qual “No princípio, Deus criou o céu e a terra”, Gênesis 1, 1 (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2006, p. 33), bem como nos demais escritos sagrados, ao exemplo do profeta Isaías, 43, 4a, em que Deus fala direcionado à criação dizendo “Pois que és precioso aos meus olhos, é honrado e eu te amo” (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2006, p. 1321). O monoteísmo islâmico segue a mesma linha, Maomé ressaltou “a crença num só Deus, que é criador e juiz. Esse Deus criou o mundo e tudo o que nele há”, no entanto, “Deus não é apenas um juiz onipotente; além disso, é repleto de amor e compaixão. Todas as suras do Corão começam com as palavras: ‘Em nome de Alá, o Misericordioso, o Compassivo” (GAARDER; HELLERN; NOTAKER, 2005, p. 133-134).
Para responder à questão, em principio, não se pode considerar o mundo a partir de uma concepção puramente maniqueísta, em que existe uma separação total entre o bem e o mal, isso porque o que é mau para uma determinada pessoa ou sociedade pode não ser considerado assim para outras. Ilustrando, realizar inseminação artificial utilizando sêmen doado pode ser um ato de grande alegria para uma família em que o esposo é infértil, porém, em algumas culturas, tal atitude é uma afronta à ordem natural das coisas.
É sadia, no entanto, a separação entre o que é bom e o que é ruim por meio de um dualismo ético, em que se estabelecem os patamares mínimos de dignidade humana que devem ser respeitados, tais como fazem as declarações internacionais de direitos humanos, sendo esta segunda forma de separação algo indispensável para vida em sociedade (BETTENCOURT, 1993, p. 480). E é este dualismo que servirá como base para responder a questão.
A indagação sobre de onde provem o mal foi enfrentada por santo Agostinho de Hipona e é tratada em sua obra sobre o livre arbítrio, na transcrição do diálogo travado entre Agostinho e seu amigo Evódio. Em sua resposta Agostinho objeta que existem dois sentidos para a palavra “mal”, um de dizer que alguém praticou algum mal, e outro de afirmar que alguém sofreu algum mal. Quanto ao primeiro tipo de mal, Deus, como sumo bem, de forma alguma poderia praticar tal ato. Por outro lado, se Deus é justo, deve distribuir recompensas aos bons e punições aos que agem mal, tais punições, por seu turno, parecem males aos que as recebem. Visto sob esta ótica, Deus estaria sim criando o mal. Quanto ao primeiro gênero de mal o autor seria cada pessoa que comete a má ação. Abaixo transcrevo parte do diálogo em testilha:
Evódio. Peço-te que me digas, será Deus o autor do mal?
Agostinho. Dir-te-ei, se antes me explicares a que mal te referes. Pois, habitualmente, tomamos o termo "mal" em dois sentidos: um, ao dizer que alguém praticou o mal; outro, ao dizer que sofreu algum mal.
Ev. Quero saber a respeito de um e de outro.
Ag. Pois bem, se sabes ou acreditas que Deus é bom — e não nos é permitido pensar de outro modo —, Deus não pode praticar o mal. Por outro lado, se proclamamos ser ele justo — e negá-lo seria blasfémia —, Deus deve distribuir recompensas aos bons, assim como castigos aos maus. E por certo, tais castigos parecem males àqueles que os padecem. É porque, visto ninguém ser punido injustamente — como devemos acreditar, já que, de acordo com a nossa fé, é a divina Providência que dirige o universo —, Deus de modo algum será o autor daquele primeiro gênero de males a que nos referimos, só do segundo (AGOSTINHO, 1995, p. ).
Aprofundado a temática do mal, santo Agostinho ainda propõe uma análise do mal sob três aspectos: a) metafísico-ontológico; b) moral; c) físico (REALE, 2003, p. 97). Pela análise metafísico-ontológica não existe mal no cosmos, mas apenas graus inferiores de ser em relação a Deus, a partir da ponderação da finitude da coisa criada, em seus diferentes niveis de finitude, em relação à infinitude de Deus. Giovanni Reale (2003, p. 98) ilustra bem esta análise ao afirmar que as pessoas julgam a existência de certos animais nocivos como um mal criado por Deus, mas, na verdade, estão apenas medindo com o metro de nossa utilidade as vantagens que este animal nos tem, entretanto, “Medida com o metro do todo, cada coisa, mesmo aquela aparentemente mais insignificante, tem seu sentido e sua razão de ser e, portanto, constitui algo positivo”.
O mal moral, por seu turno, é o pecado, e depende da má vontade. Por sua natureza, a vontade deveria ser direcionada para o Bem supremo, contudo, em vista da existência de diversos bens criados e finitos, a vontade pode tender a estes em detrimento de Deus. “O mal moral, portanto, é uma aversio a Deo e uma conversio ad creaturam, é a escolha de um ser inferior ao invés do ser supremo” (REALE, 2003, p. 98). O mal moral é, assim, resultado das escolhas humanas.
O ma1 físico, por fim, como as doenças e a morte, tem origem na mal moral, em especial no pecado original.
O mal do dualismo ético, que corresponde ao mal moral de santo Agostinho, é, então, resultado do amor de Deus que criou os homens como seres livres, mas não é criação de Deus. São Tomás de Aquino referenda que o homem foi criado como ser racional, desta forma, é capaz de conhecer o fim pelo qual cada coisa tende por natureza, conhecendo uma ordem das coisas da qual Deus é o bem supremo e fazendo suas escolhas. Neste sentido Reale apresenta o pensamento do filósofo:
Naturalmente, se o intelecto pudesse oferecer a visão beatifica de Deus, a vontade humana não poderia deixar de querê-la. Mas, aqui embaixo, isso não é possível. Na vida terrena, o intelecto só conhece o bem e o mal de coisas e ações que não são de Deus. Portanto, a vontade é livre para querê-las ou não querê-las (REALE, 2003, p. 227).
Em conclusão, Deus é o sumo bem e ama sua criação, e porque a ama a fez livre para escolher seus rumos na vida terrena, e justamente porque possui este livre arbítrio que o homem, quando assim deseja, se afasta do criador e pratica o mal. Concorda-se com Ratzinger quando se vê que este é um risco que Deus optou por corre, pois não seria um Deus bom se escravizasse sua criação, “Um mundo criado e desejado com o risco da liberdade e do amor, não pode ser pura matemática. Como espaço vital do amor, ele torna-se palco das liberdades e aceita o risco do mal. Esse mundo enfrenta a aventura da treva com vistas a uma luz maior, luz que é liberdade e amor” (RATZINGER, 1970, p. 119-120).
O inferno, por seu turno, não é o mal criado por Deus, é apenas um estado que o individuo escolheu por afastar-se de Deus. Deus não envia as pessoas para o inferno, estas escolhem este caminho. Não há escravidão, então, na pregação da salvação eterna, é apenas uma proposta que a criatura pode aderir ou não.
REFERÊNCIAS
AGOSTINHO, Santo. O livre-arbítrio. Tradução Nair de Assis Oliveira. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1995.
BETTENCOURT, Estevão Tavares. O Bem e o Mal: Maniqueísmo? Revista Pergunte e Responderemos, Rio de Janeiro, n. 377, p. 479-480, 1993.
BÍBLIA DE JERUSALÉM. Bíblia sagrada. 4. imp. São Paulo: Paulus, 2006.
GAARDER, Jostein. HELLERN, Victor. NOTAKER, Henry. Livro das religiões. Tradução Isa Mara Lando. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
IGREJA CATÓLICA. Catecismo da Igreja católica. São Paulo: Loyola, 2000.
RATZINGER, Joseph. Introdução ao cristianismo. São Paulo: Herder, 1970.
REALE, Giovanni. História da filosofia: patrística e escolástica, v. 2. Tradução Ivo Storniolo
Entrevista Senador Paulo Pain ao site café historia
História para Historiadores
Senador conversa com o Café História sobre projeto de lei de sua autoria que pretende regulamentar a profissão de historiador no Brasil
Ele não é historiador, mas seu trabalho está prestes a mudar o estatuto de milhares de historiadores brasileiros. Podemos definir desta forma a importância do novo entrevistado do Café História, o Senador Paulo Paim (PT-RS), autor do projeto de lei que prevê a regulamentação do ofício de historiador, no Brasil.
Nascido em 15 de março de 1950, em Caxias do Sul, Paulo Paim é metalúrgico formado pelo SENAI. Foi deputado federal de 1987 a 2002. Desde 2003 é senador, eleito no pleito de outubro de 2002 pelo PT com 2.102.904 votos (19,07% dos votos válidos), pelo estado do Rio Grande do Sul. É filiado ao Partido dos Trabalhadores.
Para saber mais sobre o projeto do senador que afeta a todos os historiadores do país, confira abaixo uma entrevista exclusiva que o Café História fez com o senador.
CAFÉ HISTÓRIA -Senador Paulo Paim, antes de tudo, muito obrigado por aceitar a entrevista do Café História. Recentemente, o seu projeto de lei para a regulamentação da profissão de historiador tem sido tema de grandes debates em nossa rede. Por isso, é uma grande honra poder escutá-lo. E começamos nossa conversa resgatando o surgimento de sua proposta: por que regulamentar a profissão de historiador? Quando e como surgiu a idéia?
SENADOR PAULO PAIM - Sou eu quem agradece a oportunidade de conversar com vocês neste espaço. Sobre a pergunta, o projeto nasceu das inúmeras reivindicações da categoria. Consideramos o pedido justo, afinal, os profissionais da área precisam ter seus direitos reconhecidos. Mais que isso, reconhecer e regulamentar a profissão é mostrar aos historiadores que o país valoriza o trabalho e os profissionais.
CAFÉ HISTÓRIA -O que falta para que o projeto de lei seja totalmente aprovado e posto em prática? Quanto tempo isso deve demorar? Ainda há possibilidade de alteração do texto?
SENADOR PAULO PAIM - Para que a matéria vire lei, é necessário que a Câmara vote e aprove a matéria da forma como saiu aqui do Senado. Se houver alteração na Câmara, a matéria retorna ao Senado. Infelizmente, não podemos prever o tempo de tramitação, pois isso dependerá da tramitação na Câmara. Nesse ponto digo sempre que o rufar dos tambores nas ruas deve se fazer ouvir aqui no Congresso. Pressionar é sempre um bom caminho.
CAFÉ HISTÓRIA -Senador, qual a opinião de seus colegas senadores sobre esse projeto de lei? Quais deles estão mais empenhados na defesa dessa “causa”?
SENADOR PAULO PAIM - A aprovação da matéria, por unanimidade, demonstra que todos os senadores são favoráveis a nossa proposta. Foi um trabalho coletivo. Eu sou o autor e o relator é o senador Cristovam Buarque.
CAFÉ HISTÓRIA - Alguns pesquisadores autônomos e pesquisadores de áreas co-relatas temem que a lei possa vir a ser prejudicial aos não-portadores de diploma em história. Isso é verdade?
SENADOR PAULO PAIM - O reconhecimento da profissão vai exigir que as pessoas tenham diploma. Espero que a iniciativa não venha a trazer prejuízo para os pesquisadores que se debruçam sobre a História.
CAFÉ HISTÓRIA - Como evitar que a regulamentação da profissão priorize regras, normas e pré-condições, deixando em segundo plano aquilo que é primordial na pesquisa histórica, ou seja, o livre exercício crítico e a ética na pesquisa?
SENADOR PAULO PAIM - As normas e regras devem existir para que haja organização e eficiência no trabalho. Com certeza, o equilíbrio é a receita. Acredito que bem equalizados, estes itens só contribuirão para que o exercício crítico e a ética sejam sempre a prioridade na pesquisa histórica.
CAFÉ HISTÓRIA - A regulamentação da profissão pode ser um primeiro passo para a constituição de Conselho Regional ou Nacional de História? Qual o impacto da aprovação dessa lei para os cursos de Ensino Superior em História?
SENADOR PAULO PAIM - Certamente pode vir a ser a primeira de muitas conquistas para a área. Acredito que a partir da regulamentação haverá mais procura pelos cursos, sem falar na questão da valorização dos cursos e dos profissionais.
CAFÉ HISTÓRIA - Senador, conforme vimos nos últimos anos, a regulamentação de profissões, no Brasil, vem provocando grandes celeumas. Enquanto busca-se regulamentar a profissão de historiador, os jornalistas, por exemplo, vêem a sua profissão passar grandes mudanças, como a queda da obrigatoriedade do diploma do Ensino Superior. Qual a sua opinião sobre essa exigência para o exercício do jornalismo?
SENADOR PAULO PAIM - Acredito que é necessário aprovarmos a regulamentação da profissão de jornalistas. É preciso que se entenda que há uma diferença entre escrever bem e ser um bom jornalista. Além do mais, a não regulamentação da profissão, a meu ver, faz com que o jornalismo brasileiro perca muito no aspecto de independência e investigação. Os profissionais, por sua vez, precisam ter respeitado o fato de que se prepararam para atuar.
CAFÉ HISTÓRIA - O senhor acredita ainda na regulamentação de outras profissões? Quais?
SENADOR PAULO PAIM - Sim. Acredito. É preciso termos claro que regulamentar profissões é garantir direitos para os trabalhadores. Por isso, sou a favor de diversas categorias. De minha autoria, por exemplo, apresentei a regulamentação dos profissionais da educação física, dos comerciários, motoristas, ortoptistas.
CAFÉ HISTÓRIA - A regulamentação da profissão certamente vai ajudar a criar novos postos de trabalhos e estabilidade para os profissionais da área. Mas será que, no futuro, a história pode ser alvo de delimitações que partam da política e não do meio intelectual/acadêmico?
SENADOR PAULO PAIM - Não sabemos exatamente o que poderá acontecer no futuro, mas a responsabilidade do legislador é estar à frente do seu tempo. Cumpri com o meu dever olhando para o presente e apostando num futuro diferente. Se ficarmos paralisados que futuro teremos? A regulamentação da profissão é um marco e é responsabilidade de todos os profissionais da área ocupar este espaço que é naturalmente seu.
CAFÉ HISTÓRIA - Senador, centenas de leitores e associados do Café História receberam com entusiasmo a aprovação do seu projeto na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. O que o senhor poderia dizer a esses mais de 19 mil estudantes, pesquisadores e professores de história?
SENADOR PAULO PAIM - Em primeiro lugar parabenizo a todos por terem conquistado essa vitória, afinal, ela não é minha, mas de cada um vocês. Em segundo, quero que saibam que me alegra ver a luta de vocês que escolheram essa belíssima profissão. Nosso país precisa, cada vez mais, de pessoas que se interessem pela área, pois apenas quem conhece o rumo dos acontecimentos pode olhar para o futuro e nos auxiliar a trilhar um belo caminho. Por isso, mais uma vez, parabéns a todos sejam estudantes, pesquisadores e professores. Sei que o caminho que vocês escolheram nem sempre é o mais fácil, mas certamente é um dos mais importantes e belos para a história de nossa gente. Tenho certeza que a felicidade de vocês é também a minha. Quando coração de vocês bater mais forte com a conquista alcançada, podem ter certeza que o meu explodirá de satisfação. Abraços a todos.
Senador conversa com o Café História sobre projeto de lei de sua autoria que pretende regulamentar a profissão de historiador no Brasil
Ele não é historiador, mas seu trabalho está prestes a mudar o estatuto de milhares de historiadores brasileiros. Podemos definir desta forma a importância do novo entrevistado do Café História, o Senador Paulo Paim (PT-RS), autor do projeto de lei que prevê a regulamentação do ofício de historiador, no Brasil.
Nascido em 15 de março de 1950, em Caxias do Sul, Paulo Paim é metalúrgico formado pelo SENAI. Foi deputado federal de 1987 a 2002. Desde 2003 é senador, eleito no pleito de outubro de 2002 pelo PT com 2.102.904 votos (19,07% dos votos válidos), pelo estado do Rio Grande do Sul. É filiado ao Partido dos Trabalhadores.
Para saber mais sobre o projeto do senador que afeta a todos os historiadores do país, confira abaixo uma entrevista exclusiva que o Café História fez com o senador.
CAFÉ HISTÓRIA -Senador Paulo Paim, antes de tudo, muito obrigado por aceitar a entrevista do Café História. Recentemente, o seu projeto de lei para a regulamentação da profissão de historiador tem sido tema de grandes debates em nossa rede. Por isso, é uma grande honra poder escutá-lo. E começamos nossa conversa resgatando o surgimento de sua proposta: por que regulamentar a profissão de historiador? Quando e como surgiu a idéia?
SENADOR PAULO PAIM - Sou eu quem agradece a oportunidade de conversar com vocês neste espaço. Sobre a pergunta, o projeto nasceu das inúmeras reivindicações da categoria. Consideramos o pedido justo, afinal, os profissionais da área precisam ter seus direitos reconhecidos. Mais que isso, reconhecer e regulamentar a profissão é mostrar aos historiadores que o país valoriza o trabalho e os profissionais.
CAFÉ HISTÓRIA -O que falta para que o projeto de lei seja totalmente aprovado e posto em prática? Quanto tempo isso deve demorar? Ainda há possibilidade de alteração do texto?
SENADOR PAULO PAIM - Para que a matéria vire lei, é necessário que a Câmara vote e aprove a matéria da forma como saiu aqui do Senado. Se houver alteração na Câmara, a matéria retorna ao Senado. Infelizmente, não podemos prever o tempo de tramitação, pois isso dependerá da tramitação na Câmara. Nesse ponto digo sempre que o rufar dos tambores nas ruas deve se fazer ouvir aqui no Congresso. Pressionar é sempre um bom caminho.
CAFÉ HISTÓRIA -Senador, qual a opinião de seus colegas senadores sobre esse projeto de lei? Quais deles estão mais empenhados na defesa dessa “causa”?
SENADOR PAULO PAIM - A aprovação da matéria, por unanimidade, demonstra que todos os senadores são favoráveis a nossa proposta. Foi um trabalho coletivo. Eu sou o autor e o relator é o senador Cristovam Buarque.
CAFÉ HISTÓRIA - Alguns pesquisadores autônomos e pesquisadores de áreas co-relatas temem que a lei possa vir a ser prejudicial aos não-portadores de diploma em história. Isso é verdade?
SENADOR PAULO PAIM - O reconhecimento da profissão vai exigir que as pessoas tenham diploma. Espero que a iniciativa não venha a trazer prejuízo para os pesquisadores que se debruçam sobre a História.
CAFÉ HISTÓRIA - Como evitar que a regulamentação da profissão priorize regras, normas e pré-condições, deixando em segundo plano aquilo que é primordial na pesquisa histórica, ou seja, o livre exercício crítico e a ética na pesquisa?
SENADOR PAULO PAIM - As normas e regras devem existir para que haja organização e eficiência no trabalho. Com certeza, o equilíbrio é a receita. Acredito que bem equalizados, estes itens só contribuirão para que o exercício crítico e a ética sejam sempre a prioridade na pesquisa histórica.
CAFÉ HISTÓRIA - A regulamentação da profissão pode ser um primeiro passo para a constituição de Conselho Regional ou Nacional de História? Qual o impacto da aprovação dessa lei para os cursos de Ensino Superior em História?
SENADOR PAULO PAIM - Certamente pode vir a ser a primeira de muitas conquistas para a área. Acredito que a partir da regulamentação haverá mais procura pelos cursos, sem falar na questão da valorização dos cursos e dos profissionais.
CAFÉ HISTÓRIA - Senador, conforme vimos nos últimos anos, a regulamentação de profissões, no Brasil, vem provocando grandes celeumas. Enquanto busca-se regulamentar a profissão de historiador, os jornalistas, por exemplo, vêem a sua profissão passar grandes mudanças, como a queda da obrigatoriedade do diploma do Ensino Superior. Qual a sua opinião sobre essa exigência para o exercício do jornalismo?
SENADOR PAULO PAIM - Acredito que é necessário aprovarmos a regulamentação da profissão de jornalistas. É preciso que se entenda que há uma diferença entre escrever bem e ser um bom jornalista. Além do mais, a não regulamentação da profissão, a meu ver, faz com que o jornalismo brasileiro perca muito no aspecto de independência e investigação. Os profissionais, por sua vez, precisam ter respeitado o fato de que se prepararam para atuar.
CAFÉ HISTÓRIA - O senhor acredita ainda na regulamentação de outras profissões? Quais?
SENADOR PAULO PAIM - Sim. Acredito. É preciso termos claro que regulamentar profissões é garantir direitos para os trabalhadores. Por isso, sou a favor de diversas categorias. De minha autoria, por exemplo, apresentei a regulamentação dos profissionais da educação física, dos comerciários, motoristas, ortoptistas.
CAFÉ HISTÓRIA - A regulamentação da profissão certamente vai ajudar a criar novos postos de trabalhos e estabilidade para os profissionais da área. Mas será que, no futuro, a história pode ser alvo de delimitações que partam da política e não do meio intelectual/acadêmico?
SENADOR PAULO PAIM - Não sabemos exatamente o que poderá acontecer no futuro, mas a responsabilidade do legislador é estar à frente do seu tempo. Cumpri com o meu dever olhando para o presente e apostando num futuro diferente. Se ficarmos paralisados que futuro teremos? A regulamentação da profissão é um marco e é responsabilidade de todos os profissionais da área ocupar este espaço que é naturalmente seu.
CAFÉ HISTÓRIA - Senador, centenas de leitores e associados do Café História receberam com entusiasmo a aprovação do seu projeto na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. O que o senhor poderia dizer a esses mais de 19 mil estudantes, pesquisadores e professores de história?
SENADOR PAULO PAIM - Em primeiro lugar parabenizo a todos por terem conquistado essa vitória, afinal, ela não é minha, mas de cada um vocês. Em segundo, quero que saibam que me alegra ver a luta de vocês que escolheram essa belíssima profissão. Nosso país precisa, cada vez mais, de pessoas que se interessem pela área, pois apenas quem conhece o rumo dos acontecimentos pode olhar para o futuro e nos auxiliar a trilhar um belo caminho. Por isso, mais uma vez, parabéns a todos sejam estudantes, pesquisadores e professores. Sei que o caminho que vocês escolheram nem sempre é o mais fácil, mas certamente é um dos mais importantes e belos para a história de nossa gente. Tenho certeza que a felicidade de vocês é também a minha. Quando coração de vocês bater mais forte com a conquista alcançada, podem ter certeza que o meu explodirá de satisfação. Abraços a todos.
liberdade de ideias
Por muito tempo, tive pensamentos fechados, achava que tudo era do jeito que as pessoas
falavam, achava que o certo era aquilo que diziam ser certo.Porem meus olhares tiveram
uma mudança, meu comportamento é totalmente diferente daquele de anos atrás para eximplificar
melhor o que estou falando é necessário usar a filosofia,Melhor dizendo Platão, no seu livro a
República no capitulo oitavo ele usa o exemplo de uma caverna onde as pessoas vivem dentro
dela, acorrentado ate o pescoço, de uma maneira a não vêr a luz do sol, que fazia com que eles
olha-se somente sombras.Assim somos nós, vivemos e um mundo imaginario, surreal, achando que este é o mundo certo,preso a idéias da infraestrutura e superestrutura, porem não é.
É necessario buscar aquilo que é certo, analisar tudo, ir alem de uma notícia divulgada no jornal
é necessario tirar as corrente que nos amarram a ficar preso em concecpções dos outros, é necessario ter a sua.
Depois de um tempo, pode me vêr um pouco mais livre apesar que a liberdade como um todo é complicado, mas é necessario sair da caverna é ter sua propria ideia.
falavam, achava que o certo era aquilo que diziam ser certo.Porem meus olhares tiveram
uma mudança, meu comportamento é totalmente diferente daquele de anos atrás para eximplificar
melhor o que estou falando é necessário usar a filosofia,Melhor dizendo Platão, no seu livro a
República no capitulo oitavo ele usa o exemplo de uma caverna onde as pessoas vivem dentro
dela, acorrentado ate o pescoço, de uma maneira a não vêr a luz do sol, que fazia com que eles
olha-se somente sombras.Assim somos nós, vivemos e um mundo imaginario, surreal, achando que este é o mundo certo,preso a idéias da infraestrutura e superestrutura, porem não é.
É necessario buscar aquilo que é certo, analisar tudo, ir alem de uma notícia divulgada no jornal
é necessario tirar as corrente que nos amarram a ficar preso em concecpções dos outros, é necessario ter a sua.
Depois de um tempo, pode me vêr um pouco mais livre apesar que a liberdade como um todo é complicado, mas é necessario sair da caverna é ter sua propria ideia.
futebol
Hoje 18/03/2011, sexta feira, vamos falar um pouco sobre o que aconteceu de melhor no futebol brasileiro e mundial nesta semana.
Nos jogos da champions liguei, Destaque pra Inter e Real Madri que conseguiram uma otima classificação ao eliminar Bayen de Munique(3x2) e Lyon(2x0), respectivamente.Já no Brasil o destaque pra vitória do Palmeiras diante a Uberaba( 4x0) na copa do Brasil, edo flamengo sobre o fortaleza(3x0). Ja na libertadores o destaque é pra Santos que se complicou com a derrota de 3x1, e a Vitória do Inter e do cruzeiro (7x1)
Nos jogos da champions liguei, Destaque pra Inter e Real Madri que conseguiram uma otima classificação ao eliminar Bayen de Munique(3x2) e Lyon(2x0), respectivamente.Já no Brasil o destaque pra vitória do Palmeiras diante a Uberaba( 4x0) na copa do Brasil, edo flamengo sobre o fortaleza(3x0). Ja na libertadores o destaque é pra Santos que se complicou com a derrota de 3x1, e a Vitória do Inter e do cruzeiro (7x1)
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